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Capital

Fiocruz nega golpe e ressalta busca por voluntários para pesquisa na Capital

Fundação precisa de voluntários que só tomaram duas doses das vacinas, há pelo menos seis meses

Gabrielle Tavares | 18/07/2022 17:12
Vacinação contra a covid-19, realizada na UBS Moreninhas. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo Campo Grande News)
Vacinação contra a covid-19, realizada na UBS Moreninhas. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo Campo Grande News)

Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) está ligando para campo-grandenses em busca de voluntários para um estudo com vacinas contra covid-19. A pesquisa quer descobrir se uma dose racionada das vacinas produz a mesma resposta imunológica que as doses atuais, mas como todo brasileiro é desconfiado, algumas pessoas que receberam ligações ficaram com medo de se tratar de um novo golpe.

“Achei estranho a Fundação disponibilizar uma equipe para ir até minha casa, então eu neguei, disse que não queria”, relatou o gestor comercial, Douglas Ildergad, que foi contatado na manhã de hoje (18).

A fundação garantiu: não é golpe. A pesquisa tem aprovação tanto do Ministério da Saúde, quanto da SES (Secretaria Estadual de Saúde), e possui financiamento da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Uma empresa de telemarketing foi contratada exclusivamente para fazer a busca ativa de voluntários, através dos dados do Ministério da Saúde, de quem só tomou duas doses da vacina AstraZeneca e Pfizer, há pelo menos seis meses.

O estudo, chamado FraCT-CoV, é coordenado pelo infectologista Júlio Croda. Ele explicou que serão aplicadas doses fracionadas nos voluntários, ou seja, doses menores do que as que já estão sendo aplicadas.

O estudo é feito no Brasil e no Paquistão e já conta 250 voluntários. Ao todo, deverão ser 1.440. Depois da aplicação, os cientistas vão avaliar a produção de anticorpos nos pacientes em três intervalos: após 28 dias, três meses e seis meses.

Após seis meses, os voluntários receberão os resultados finais, assim como a OMS.

“Vamos fazer uma comparação dos resultados com as doses habituais. Se os resultados forem satisfatórios, o custo por dose diminui, a capacidade de produção mundial aumenta e os efeitos colaterais também podem ser menores”, apontou Croda.

A visita a domicílio acontecerá como uma forma de evitar dificuldades de mobilidade do paciente. “Para facilitar a gente entra em contato e oferece a visita, não se trata de golpe, nós estamos disponíveis para prestar qualquer esclarecimento”, completou.

Mais informações do estudo podem ser encontradas na página do Instagram, @fract.cov.

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