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Capital

Frio, assassino confesso de diretor teatral disse que matou por R$ 200

Jovem de 17 anos confessou o crime sem mostrar remorso e disse que trocou objetos furtados por droga

Por Lucas Mamédio e Ana Beatriz Rodrigues | 13/12/2024 17:28
Roberto Figueiredo pousando para foto em viagem postada em suas redes sociais (Foto: Reprodução)
Roberto Figueiredo pousando para foto em viagem postada em suas redes sociais (Foto: Reprodução)

Segundo o Batalhão de Choque da Polícia Militar, o adolescente que matou o ex-superintendente da Cultura em Campo Grande, Roberto Figueiredo, de 68 anos, agiu de forma fria quando foi apreendido pelos policiais. “Assim que chegamos na residência, ele confessou o crime de uma forma bem fria”, disse o tenente-coronel do Choque, Rigoberto Rocha.

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Um adolescente confessou ter matado Roberto Figueiredo, ex-superintendente da Cultura em Campo Grande, após uma discussão por R$ 200 que a vítima supostamente lhe devia. O crime, que teve características de latrocínio, resultou na apreensão do adolescente e na prisão de um homem de 22 anos que estava com o carro da vítima. A polícia investiga a participação de uma terceira pessoa e recupera objetos roubados, que foram trocados por drogas. O adolescente alegou ter um relacionamento amoroso com a vítima.

O adolescente também teria dito aos policiais que tinha relação amorosa de alguns meses com a vítima e o motivo do crime foi um desentendimento porque Roberto, supostamente, devia R$ 200 a ele.

“Ele disse que foi lá cobrar o valor e, quando a vítima negou o dinheiro, ele agrediu a vítima com um copo de vidro na cabeça que caiu ao chão e depois foi golpeada com faca”, explicou Rocha.

Ainda conforme o militar do Choque, todos os objetos roubados da casa da vítima foram trocados por drogas e só ficou o carro. O suspeito teria passado na casa de uma adolescente e depois na casa do amigo de 22 anos, com quem o carro foi pego. O homem de 22 anos tem passagem por roubo, furto e violência doméstica.

Veículo de Roberto Figueiredo em frente à Defurv (Foto: Paulo Francis)
Veículo de Roberto Figueiredo em frente à Defurv (Foto: Paulo Francis)

Prisão – Ainda de acordo com o Choque, a equipe fazia patrulhamento na região sul da cidade quando recebeu informações de que o veículo do professor universitário, vítima de latrocínio nesta madrugada, havia sido visto transitando pelo local.

Os policiais, então, deram início às buscas pela Rua da Divisão e encontraram com o Jeep Renegade de Roberto perto da Rua Rachel de Queiroz. O veículo era ocupado por um rapaz de 22 anos, que foi abordado e negou envolvimento no homicídio, afirmando que havia recebido o carro de outra pessoa com quem ingeria bebidas alcoólicas.

Em nota, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que primeiro o veículo da vítima foi visto na Avenida Guaicurus, mas o rapaz não obedeceu à ordem de parada e fugiu. Com isso, foi pedido apoio à PM que conseguiu encontrar o carro.

Aos militares, o rapaz disse que enquanto bebiam juntos, o colega afirmou que havia matado um homem e que tinha se dado bem financeiramente, já que além do veículo, pegou também os cartões de crédito, usados para compras em lojas de conveniência, uma televisão, o celular e o notebook da vítima. Em seguida, os dois foram andar com o Jeep Renegade por diversos bairros da Capital.

Ainda conforme o Choque, uma terceira pessoa foi identificada como envolvida no crime e ainda não foi encontrada. Os policiais continuaram as diligências e chegaram até o adolescente nesta tarde. O garoto foi encontrado no Bairro Portal Caiobá e confessou ter matado Roberto.

O garoto foi encaminhado para Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) e, de acordo com a delegada Daniela Kades, ele relatou que tinha um relacionamento com Roberto há aproximadamente três meses e, ontem, os dois se desentenderam porque ele queria dinheiro. Com isso, ele acabou matando o professor.

Em depoimento, o garoto contou que chegou a pé à casa da vítima e o portão foi aberto por Roberto. Uma hora depois aconteceu a briga que resultou na morte do professor. Ele pegou uma faca na cozinha e deu os golpes no homem. O menino negou que tenha dado pauladas em Roberto.

O caso é investigado pela Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos) para onde o veículo foi encaminhado. Outras duas pessoas estão sendo procuradas.

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