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Capital

Funcionárias dizem que foram pegas em mercado e obrigadas a entrar em condomínio

Segundo mãe e filha que trabalhavam para pecuarista, ladrões trancaram as duas em quarto e mataram patroa

Ângela Kempfer e Ana Beatriz Rodrigues | 28/07/2022 16:29
Empregadas dizem que foram sequestrada na Rua Marquês de Lavradio e levadas até o Chácara Cachoeira.
Empregadas dizem que foram sequestrada na Rua Marquês de Lavradio e levadas até o Chácara Cachoeira.

Mãe e filha que trabalhavam para Andréia Aquino Flores contaram à policia que foram obrigadas a levar os assaltantes até a casa da patroa, em condomínio do bairro Chácara Cachoeira, onde a pecuarista foi assassinada no início da tarde desta quinta-feira (28).

As duas garantem que fizeram compras em atacadista da Rua Marquês de Lavradio e, ao deixarem o local, por volta de 11h20, foram surpreendidas por dois homens armados com faca e revólver, que estavam dentro do carro.

Na versão das funcionárias, elas foram ameaçadas pelos bandidos que estavam dentro do Jeep Compass da vítima. Interrogadas, disseram que não sabiam informar se travaram ou não o veículo antes de entrar no mercado. Quando voltaram das compras, foram surpreendidas e receberam a ordem de seguir até o condomínio, a cerca de 1,2 quilômetro do mercado.

Já no imóvel da pecuarista, elas dizem que foram amarradas em um dos quartos da casa, enquanto os supostos ladrões abordaram a dona da residência e a levaram para um outro quarto.

As mulheres afirmaram que não sabiam detalhar o que ocorreu durante o tempo em que teriam ficado em cárcere. A funcionária mais antiga disse que depois de algum tempo  foi obrigada pelos autores a deixar o condomínio com o Jeep e seguir até o Bairro Tiradentes, onde foi deixada pelos ladrões.

Nesse meio tempo, por volta de 12h, a outra funcionária, que ficou na casa, relatou que conseguiu se soltar mas, ao chegar ao quarto da patroa, Andréia estava morta, deitada na cama. Ela contou que saiu no pátio do condomínio e encontrou um militar que mora no local, que acionou a Polícia.

Toda a ação teria durado cerca de 40 minutos, com o óbito atestado às 13h. No meio da tarde, equipes do Garras levaram uma das funcionárias de volta ao atacadista, mas durante todo o tempo em que os policiais ficaram no mercado, a mulher continuou dentro da viatura. As equipes também percorreram imóveis vizinhos, a procura de imagens de circuitos de segurança.

A suspeita é que a causa da morte tenha sido asfixia, embora a vítima estivesse bastante machucada, com hematomas no rosto, perto dos olhos e testa. A polícia investiga se o sufocamento se deu por causa da mordaça usada para calar a mulher ou se ela foi asfixiada propositalmente.

Além de policiais do Batalhão de Choque e do GOI (Grupo de Operações e Investigações) da Polícia Civil e DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídios), os primeiros a chegarem ao local, equipes da Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos) e do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) também estão nas apurações.

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