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Garoto de programa foi o primeiro a ver cardiologista que morreu em sauna

Ele foi embora antes da chegada da Polícia. Funcionários ligaram primeiro para a família do médico e só depois acionaram o socorro. Enquanto isso, tentaram fazer massagem cardíaco

Viviane Oliveira | 12/03/2018 11:55
Sauna onde médico passou mal e morreu (Foto: Marina Pacheco)
Sauna onde médico passou mal e morreu (Foto: Marina Pacheco)
Dorsa era um dos envolvidos na “Máfia do Câncer”  (Foto: João Garrigó/arquivo)
Dorsa era um dos envolvidos na “Máfia do Câncer” (Foto: João Garrigó/arquivo)

Um garoto de programa de Brasília (DF), ainda não identificado, foi o primeiro a ter contato com o cardiologista e ex-diretor do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa Vieira Pontes, 51 anos, quando ele passou mal, na casa de massagem e sauna Espaço Relax, na Rua Boa Vista, no Centro de Campo Grande. Dorsa morreu no local, por volta das 20h deste domingo.

Segundo boletim de ocorrência, a vítima foi encontrada de bruços no 2ª andar do estabelecimento - onde, segundo o registro policial, há uma "sala de televisão". Conforme testemunhas, a primeira pessoa que teve contato com o médico foi o garoto de programa que estava no quarto ao lado, acompanhado de um cliente.

Ele foi embora antes da chegada polícia no local. Todas as testemunhas que presenciaram o caso serão intimadas para prestar depoimento na 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde o caso será investigado. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário como morte a esclarecer. 

Ainda conforme relatos de testemunhas, a família de Dorsa foi acionada antes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Enquanto aguardavam o socorro, dois funcionários da casa de massagem ajudaram a socorrer o cardiologista com massagens cardíacas. 

Conforme a Polícia Civil, o médico passou mal e teve uma convulsão. A médica, que fez o primeiro atendimento, disse que o cardiologista tinha uma "punção" no braço, provavelmente referente à aplicação de algum medicamento. O médico tinha lesão no supercílio e no rosto, lesões compatíveis com a queda e a convulsão, causadas quando se debatia no chão.

Dorsa era um dos envolvidos na “Máfia do Câncer”, esquema investigado pela Polícia Federal. Ele respondia na Justiça por falsificação de documentos, uso de documento falso, peculato, formação de quadrilha e fraude em licitação. O médico será velado no cemitério Parque das Primaveras, que fica na Avenida Senador Filinto Muller, no Jardim Parati.

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