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Capital

Gasolina já é encontrada R$ 0,15 mais cara em postos da Capital

Reajuste de 4,85% foi anunciado ontem pela Petrobrás, mas só chega nas bombas com novo estoque do combustível

Ana Paula Chuva e Beatriz Magalhães | 12/01/2022 12:00
Funcionário de posto mudando valor da gasolina em placa. (Foto: Marcos Maluf)
Funcionário de posto mudando valor da gasolina em placa. (Foto: Marcos Maluf)

O novo aumento anunciado na terça-feira (11) pela Petrobras, já entrou em vigor em alguns postos de combustíveis de Campo Grande e, nesta quarta-feira (12), a gasolina já é encontrada até R$ 0,15 mais cara. Conforme o anúncio da estatal, o primeiro reajuste do ano é de 4,85% a mais para as distribuidores, com isso, a gasolina passa de R$ 3,09 a R$ 3,24.

O último reajuste nos preços dos combustíveis foi feito em dezembro do ano passado, quando houve uma redução de 3,13% no valor da gasolina, sendo a primeira queda registrada desde junho de 2021.

Em postos de Campo Grande o preço da gasolina hoje varia de R$ 6,29 a R$ 6,50, sendo que em alguns postos o reajuste já foi aplicado e a diferença no preço, comparando com a primeira semana do mês chega a R$ 0,15, como é o caso do Posto Acácia, na Avenida Calógeras.

No dia 6 de janeiro, a gasolina era vendida a R$ 6,25 no local e hoje, é encontrada a R$ 6,40. Próximo dali, no Posto Pororoca, a diferença encontrada foi de R$ 0,12. Na semana passada, o combustível era comercializado a R$ 6,27 e, nesta quarta, o preço subiu para R$ 6,39.

Placa mostra que gasolina ainda não foi reajustada. (Foto: Marcos Maluf)
Placa mostra que gasolina ainda não foi reajustada. (Foto: Marcos Maluf)

Apesar de entrar em vigor hoje, o aumento só pode ser repassado para as bombas com a chegada de novo estoque de combustível. Ou seja, a gasolina que já estava na bomba não pode ser vendida com o reajuste, por isso, o Procon Estadual está fiscalizando os postos.

“Já começamos as fiscalizações para que o reajuste não seja aplicado antes da compra do novo combustível. O consumidor não pode ser punido duas vezes, estamos atentos a isso para minimizar o impacto. No entanto, o aumento é uma efetividade e vai impactar outros segmentos além dos combustíveis”, explicou o superintendente do órgão, Marcelo Salomão.

Alguns postos, inclusive, ainda nem aplicaram o reajuste, como é o caso do Posto Imperial, na Avenida Spipe Calarge, no local, a gasolina segue sendo vendida a R$ 6,48. O maior preço encontrado nesta quarta-feira. No Posto Royal Fic, na Avenida Costa e Silva, o combustível também não teve aumento na manhã de hoje e o preço estava em R$ 6,38.

Também na Costa e Silva, o Posto Locatelli, ainda nesta manhã, revendia a gasolina a R$ 6,35, mesmo preço do último levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), na primeira semana de janeiro.

Em alguns postos, não foi possível fazer o comparativo, mas a gasolina chegou a ser encontrada a R$ 6,29, como é o caso do Posto Piraputanga, na Avenida das Bandeiras e do Posto Paulista, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, onde o combustível é comercializado a R$ 6,32.

Veículo sendo abastecido em posto de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Veículo sendo abastecido em posto de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Orçamento – Para quem precisa trabalhar, o reajuste pesa no orçamento mensal. Ao Campo Grande News, Rosana Serpa, 47 anos, autônoma, disse que está ficando inviável manter as contas equilibradas.

“Eu trabalho viajando pelo interior do Estado e o custo está cada vez mais alto, impactando significativamente o meu trabalho. Já estou viajando com parceiros para dividirmos os gastos. Em média, gasto R$ 2,5 mil com gasolina, preciso produzir seis vezes isso para compensar”, disse.

Para o aposentado Ozório Francisco da Silva, 77 anos, não há explicação para o aumento do preço nos combustíveis. “Estou gastando R$ 800 por mês para andar dentro da cidade. Não compensa colocar 20 ou 30 reais, porque logo tem que voltar no posto. Não tem explicação o preço estar nessa altura”, afirmou.

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