Campo Grande fecha 2021 com inflação maior que a nacional, revela IBGE
Transporte, habitação e alimentação foram os principais responsáveis pela elevação do índice inflacionário
Dados divulgados nesta terça-feira (11) apontam que Campo Grande encerrou o ano de 2021 com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 10,92%, maior que o indicador econômico registrado a nível nacional, que ficou em 10,06%. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Campo Grande registrou a 5ª maior variação no ano passado entre todas as capitais.
Em 2021, a capital sul-mato-grossense ficou atrás somente de Curitiba (PR), Vitória (ES) e Rio Branco (AC) e Porto Alegre (RS), que terminaram o ano passado com o IPCA em 12,73%, 11,50% e 11,43% e 10,99%, respectivamente.
Em nível nacional, o resultado de 2021 foi influenciado, principalmente, pelo grupo de transportes, que apresentou a maior variação (21,03%), puxada, especialmente, pela alta no preço dos combustíveis. A gasolina, que tem maior peso no IPCA, subiu 47,49%, e o etanol, 62,23%.
Maiores variações – Na sequência, a habitação (13,05%) foi o setor com maior variação e a elevação no preço da energia elétrica, que teve aumento de 21,21%, foi a maior vilã. Os problemas na geração de energia levaram à criação de uma nova bandeira no ano passado, com acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira entrou em vigor em setembro e deve ser mantida até abril de 2022.
Logo depois, aparece com maior variação o setor de alimentação e bebidas (7,94%), que apesar de ser maior do que no ano interior, ficou em terceiro no ranking, com destaque para as altas do café moído (50,24%), da mandioca (48,08%) e do açúcar refinado (47,87%). O arroz, que foi um dos principais componentes da alta do grupo em 2020, quando subiu 76,01%, apresentou uma diminuição de 16,88% no ano passado.
Juntos, os três grupos supracitados responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021. Houve ainda variações acumuladas dos grupos artigos de residência (12,07%) e vestuário (10,31%). Este último havia sido o único grupo com deflação no ano anterior.