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Capital

Giroto deixa presídio para ser ouvido em ação da Lama Asfáltica

Processo corre em sigilo, mas trata-se de crimes de lavagem e ocultação de bens

Mayara Bueno e Geisy Garnes | 28/05/2019 14:37
Edson Giroto, antes de entrar para audiência de hoje no Fórum da Justiça Federal. (Foto: Paulo Francis).
Edson Giroto, antes de entrar para audiência de hoje no Fórum da Justiça Federal. (Foto: Paulo Francis).

Escoltado, o ex-deputado federal e ex-secretário de Obras de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto, deixou o Centro de Triagem Anízio Lima, no Complexo Penitenciário, no Jardim Noroeste, nesta terça-feira (dia 28) para audiência da Lama Asfáltica, na 3ª Vara da Justiça Federal, em Campo Grande.

O processo tramita em segredo de justiça e a única informação disponível para consulta é que trata-se de crimes de lavagem e ocultação de bens.

A imprensa foi autorizada a acompanhar a audiência nesta tarde, mas fotos não foram permitidas e os celulares ficarão desligados dentro da sala. As imagens da reportagem foram feitas antes de Giroto entrar na audiência. Bem vestido ele aguardava com semblante aparentemente tranquilo.

Ainda estão previstos na oitiva Wilson Roberto Mariano, ex-servidor da Agesul (Agência de Gestão de Empreendimentos), conhecido como Beto Mariano, e Maria Helena Miranda de Oliveira. Beto conseguiu no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) habeas corpus ontem (dia 27), mas até o começo da tarde não tinha sido liberado.

Viatura deixa Centro de Triagem no começo da tarde desta terça-feira (dia 28). (Foto: Kísie Ainoã).
Viatura deixa Centro de Triagem no começo da tarde desta terça-feira (dia 28). (Foto: Kísie Ainoã).

Além dele, a ordem também abrange o empresário João Alberto Krampe Amorim, proprietário da Proteco Construções. Em sua decisão, a Justiça considerou exagerado o tempo que os dois presos da Lama Asfáltica ficaram na cadeia sem julgamento - 384 dias. Quem repassou o detalhe foi o advogado Valeriano Fontoura, que presenta Beto Mariano, mais cedo.

Em março de 2019, Giroto, que não conseguiu liberdade como Beto Mariano e João Amorim, foi condenado a quase dez anos de prisão, em regime fechado, na primeira sentença originada em denúncia apurada na Operação Lama Asfáltica. Ele também está preso há pouco mais de um ano.

Giroto foi acusado de ocultação de recursos originados na compra de uma propriedade rural, no valor de R$ 7,63 milhões, recursos que, conforme decidiu o juiz Bruno Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, devem ser restituídos ao poder público em valores corrigidos.

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