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Capital

Greve de ônibus é adiada e passe vai para R$ 4,40

As decisões foram tomadas na manhã de hoje, durante reunião no MPT

Aline dos Santos e Mirian Machado | 06/01/2022 12:02
Com covid, Marquinhos participou de reunião sobre greve por videoconferência. (Foto: Henrique Kawaminami)
Com covid, Marquinhos participou de reunião sobre greve por videoconferência. (Foto: Henrique Kawaminami)

Marcada para amanhã, a greve dos trabalhadores do transporte coletivo foi adiada para 14 de janeiro, caso não tenha acordo; enquanto a tarifa sobe para R$ 4,40. O novo valor, com o reajuste de 5% autorizado pela prefeitura de Campo Grande, passa a valer a partir também do dia 14. Atualmente, a tarifa custa R$ 4,20.

As decisões foram tomadas na manhã de hoje, durante reunião no MPT (Ministério Público do Trabalho). O próximo passo será a criação de uma junta, com representantes da prefeitura, governo do Estado, sindicato, MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e Câmara Municipal.

João Rezende (à esquerda), ao lado do advogado André Borges, reclamou de reajuste de 5% na tarifa. (Foto: Henrique Kawaminami)
João Rezende (à esquerda), ao lado do advogado André Borges, reclamou de reajuste de 5% na tarifa. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com covid, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) participou por videoconferência. Na abertura da reunião, o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, disse que não tinha como pagar o reajuste combinado com a categoria, pois o poder público limitou o aumento da passagem a 5%. O representante da empresa cobrou a aplicação da tarifa técnica, com reajuste de 21,93%.

O prefeito disse que autorizaria o aumento pleiteado, mas não abriria mão do ISS (Imposto sobre Serviço) e não haveria mais nenhuma discussão sobre subsídio, além de ameaçar investigar a fundo o consórcio. Na sequência, pediu para Rezende escolher.

Adiamento da greve foi discutida durante reunião do MPT. (Foto: Henrique Kawaminami)
Adiamento da greve foi discutida durante reunião do MPT. (Foto: Henrique Kawaminami)

O presidente do Sindicato de Trabalhadores do Transportes de Campo Grande, Demétrio Freitas, cobrou a aplicação de reajuste salarial de 11,08% para os motoristas. Após uma reunião privada com o advogado André Borges, o presidente do Consórcio Guaicurus fez a proposta de adiamento da greve, classificada por ele como “uma tragédia para todo mundo”.

O resultado da avaliação da junta deve ser apresentado até quinta-feira. O grupo vai discutir isenção do pagamento de ISS, subsídios e a situação financeira. A reunião durou três horas.

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