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Capital

Igreja ainda tenta se desvincular da imagem do ex-prefeito Gilmar Olarte

Paulo Nonato de Souza | 09/01/2017 18:20
O atual presidente da igreja, pastor Jânio Faustino, quer a instituição longe da imagem de Gilmar Olarte (Foto: Assessoria)
O atual presidente da igreja, pastor Jânio Faustino, quer a instituição longe da imagem de Gilmar Olarte (Foto: Assessoria)

Passado um ano e seis meses desde que Gilmar Olarte deixou o cargo de prefeito de Campo Grande, em 25 de agosto de 2015, afastado por ordem judicial, a igreja evangélica que ele fundou em Campo Grande, a Assembleia de Deus do Brasil, ainda tenta se desvincular da sua imagem.

Nesta segunda-feira (9), em entrevista coletiva, o atual comando da igreja anunciou que a instituição está trabalhando fortemente na mídia e nas 120 comunidades onde tem atuação na Capital para por fim a qualquer tipo de vínculo com o ex-prefeito.

Gilmar Olarte não faz mais parte da nossa igreja. Ele não tem mais vínculo nenhum com a nossa igreja. Enquanto ele estiver respondendo a processos na Justiça estaremos distantes dele”, disse o pastor Ismael Lídio, assessor do presidente da instituição, pastor Jânio Faustino, em entrevista ao Campo Grande News, por telefone.

A igreja convocou a imprensa para se defender do que considera perseguição política que, segundo o pastor Ismael Lídio, pode levar a instituição a perder a área pública onde desenvolve seus trabalhos sociais sob a condição de permissão de uso no bairro Coophamat, rua do Sul, 54.

“A gente vem sofrendo várias retaliações em razão da disputa do Bernal com o Olarte. Por conta disso está na Justiça o pedido da prefeitura para retomar a área que a gente está usando há mais de 8 anos com aulas gratuitas de música informática e linguagem de sinais, reforma de cadeiras de roda e corte de cabelo”, disse o pastor Ismael Lídio, referindo-se ao embate entre o prefeito Alcides Bernal, que perdeu o cargo para o seu vice, Gilmar Olarte, ao ser cassado em março de 2014, e acabou retornando à Prefeitura em agosto de 2015 com o afastamento de Olarte.

Em março de 2016, o MPE-MS (Ministério Público Estadual) recomendou ao prefeito Alcides Bernal (PP) a retomada da area pública ocupada pela igreja, sob a alegação de ilegalidade no seu uso.

“O pedido de retomada do terreno alega que usamos a área para realizar cultos religiosos, mas isso não é verdade. Usamos a área para os nossos trabalhos sociais com as comunidades que a nossa igreja trabalha”, garantiu o pastor Ismael.

MUDANÇA DE NOME DA IGREJA - Em agosto de 2015, depois de ser afastado da prefeitura de Campo Grande por ordem judicial, Gilmar Olarte sofreu outra derrota juridical, mas no âmbito religioso. A igreja fundada por ele foi proibida de utilizar a marca e o logotipo de ADNA (Assembléia de Deus Nova Aliança).

A liminar foi concedida a pedido da igreja evangélica ADNA (Assembleia de Deus Nova Aliança) – Ministério Santa Cruz, com sede em Cuiabá, Mato Grosso, fundada em 2002, sob a alegação de que a ADNA do Brasil, com sede em Campo Grande e fundada por Olarte em 2009, estava usando marca e o logotipo sem autorização.

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