Jovem executado no lugar do pai cursava o 3º ano de Direito
Matheus Xavier foi executado na porta de casa e é lembrado pelos colegas como acadêmico atuante.
Desde 2017, Matheus Coutinho Xavier era parte da turma de Direito da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). Envolvido nos assuntos do curso, o rapaz é lembrado pelos colegas como acadêmico atuante.
Em nota de pesar, publicada nas redes sociais na noite de terça-feira (9), o Diretório Acadêmico Clóvis Beviláqua presta solidariedade à família, lembra da dor dos amigos e lamenta o “ato brutal” que levou o jovem aos 20 anos.
“As lembranças da pessoa de grande coração, e do acadêmico sempre atuante nos eventos promovidos pelo Diretório, são marcas que ficarão para sempre na memória dos que o cercavam”, comenta o Diretório.
O grupo lembra da última ação pública de Matheus como acadêmico. “Atuou como representante da Promotoria no Tribunal de Recepção aos Calouros, e encantou todos os presentes com uma oratória firme e persuasiva”.
O acadêmico morreu ontem na porta de casa, atingido por tiros de fuzil, durante atentado que, segundo a Polícia Civil, tinha como alvo o pai do estudante, o capitão reformado da Polícia Militar, Paulo Xavier, de 47 anos.
Ontem, o Boletim de Ocorrência foi registrado pelo pai. Ele contou que os dois estavam saíndo de casa para pegar os irmãos de Matheus na escola, de 14 e 12 anos, por volta das 18h.
O rapaz estava manobrando a camionete S10 para Paulo retirar o Ford K que estava na frente. Quando Matheus saiu da garagem, o veículo foi fuzilado. Pelo menos 7 tiros foram disparados contra ele.
O pai diz ter certeza que os tiros eram para ele, porque é rotina pegar os filhos na escola neste horário.
Câmeras de segurança da casa da família estavam desativadas desde reforma iniciada no ano passado, o que dificulta a investigação. Mas segundo Paulo Xavier, o veículo usado pelos pistoleiros é um "sedan de cor escura".