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Capital

Julgamento de réu que matou namorada a tesouradas tem nova data

A pedido da defesa, júri que deveria acontecer no dia 19 de julho foi cancelado pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri

Geisy Garnes | 15/08/2018 09:00
Robinho está preso desde o dia 6 de novembro (Foto: Fernando Antunes)
Robinho está preso desde o dia 6 de novembro (Foto: Fernando Antunes)

Depois de ser cancelado, o julgamento de Roberson Batista da Silva, de 33 anos, réu por matar a namorada Mayara Fontoura Holsback, 18 anos, a golpes de tesoura, já tem nova data. O júri vai acontecer no dia 20 do próximo mês, cinco dias depois de o crime completar um ano.

O júri deveria acontecer no dia 19 de julho, mas um dias antes foi cancelado pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, a pedido da defesa de Robinho. Para isso, o advogado Ilton Hashimoto alegou falta de intimação de uma testemunha imprescindível ao caso e também uma cirurgia no nariz, a qual foi submetido na semana em que o julgamento aconteceria.

A nova data foi confirmada nesta terça-feira (14). Às 8 horas do dia 20 de setembro - cinco dias do crime completar um ano - no plenário do Tribunal do Júri, Robinho será ouvido e julgado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio.

O caso - Robinho matou a namorada a golpes de tesoura no dia 15 de setembro de 2017, na casa em que a jovem morava com o irmão, no bairro Universitário. Em audiência na justiça ele confessou o crime e afirmou que assassinou Mayara em um momento de raiva, durante uma discussão.

“Ela falou: você quer saber Robinho, faz tempo que não quero mais você. Não vou parar de fazer programa”. Diante do juiz, Robinho continuou a descrever o diálogo, lembrou que foi chamado de corno e comprado aos clientes da então namorada, e que esse foi o estopim da briga. “Fiquei cego de raiva”.

Foi nesse momento em que ele alega ter partido para cima de Mayara e afirma ter percebido que ela estava com um tesoura na mão. “No impulso bati a cabeça nela, peguei a tesoura e passei no pescoço dela”, relatou.

Após os depoimentos, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, excluiu a terceira qualificadora do crime defendida pelo Ministério Público Estadual, que seria recurso que dificultou a defesa da vítima e mandou o réu pelo júri popular. Robinho ficou foragido por 51 dias e se apresentou na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) no dia 6 de novembro e está preso desde então.

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