Justiça marca audiências e Robinho deve prestar depoimento em abril
Mayara Fontoura foi morta em setembro do ano passado, aos 18 anos. Robinho foi preso 51 dias depois e está no Instituto Penal
O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, determinou para março e abril as audiências sobre a morte de Mayara Fontoura Holsback, assassinada aos 18 anos por Roberson Batista da Silva, o Robinho. O crime aconteceu em setembro do ano passado em uma casa do Bairro Universitário, em Campo Grande.
A decisão definiu para o dia 7 de março, às 13h40, a primeira audiência do caso, onde serão ouvidas as testemunhas de acusação. Mais de dez pessoas foram intimadas para comparecer ao fórum na data, entre eles o próprio Robinho, que deve acompanhar os depoimentos ao juiz da 1ª Vara.
No entanto, o réu só deve ser ouvido no dia 9 de abril, quando as testemunhas de defesa vão prestar depoimento. A audiência também está marcada para começar às 13h40 na sede do fórum, localizada na Rua da Paz, no centro da cidade. Entre os intimados pela justiça, estão parentes de Mayara e também de Robinho.
Exumação - No fim do ano passado a defesa de Robinho pediu uma nova análise sobre o laudo que determinou não haver qualquer tipo de material debaixo das unhas de Mayara. No documento, o advogado Ilton Hoshimoto chegou a pedir a exumação do corpo da jovem, caso fosse necessário para os testes.
Tanto o MPE (Ministério Público Estadual), quando o juiz, foram contra o pedido. Na decisão, a mesmo que determinou a data das audiências, Garcete afirmou que o laudo “foi claro ao concluir que a vítima não apresentava qualquer material debaixo das unhas no momento da necropsia”.
O caso - No dia 15 de setembro do ano passado Mayara foi morta por Robinho a golpes de tesoura. O crime aconteceu na casa em que a jovem morava com o irmão, no Universitário, no dia em que o autor deixou a prisão.
Segundo a perícia, Mayara foi atingida por três golpes, todos no pescoço, todos fatais. Um na traqueia e outros dois na artéria carótida. Para a polícia o suspeito afirma que agiu em legítima defesa, mas não havia sinais de luta no local, nem sujidade, ou qualquer outra substância de baixo da unha da vítima que indique que a vítima reagiu.
Robinho ficou foragido por 51 dias, se apresentou na Deam no dia 6 de novembro e hoje cumpre pena no Instituto Penal de Campo Grande. Ele é indiciado por feminicídio com outras três qualificadores, motivo torpe, que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.