Justiça inocenta rapaz acusado de matar a namorada em atentado
Após sair de vítima para suspeito de mandar matar a namorada, Ewerton agora é inocentado pela Justiça
Os advogados conseguiram inocentar Ewerton Fernandes da Silva, 35 anos, da acusação de ser o mandante ou o próprio autor do atentado que matou Bruna Moraes Aquino, 22, namorada dele na época do crime.
RESUMO
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Os advogados de Ewerton Fernandes da Silva conseguiram provar sua inocência em um caso de homicídio que envolveu a morte de Bruna Moraes Aquino, sua namorada, em setembro de 2021. Ewerton foi inicialmente acusado de ser o mandante ou autor do crime, mas a defesa argumentou que ele também era uma vítima, já que foi alvejado no mesmo atentado. O juiz Carlos Alberto Garcete já havia inocentado Ewerton por falta de provas, mas a promotora recorreu. Após revisão no Tribunal de Justiça, a decisão de inocência foi mantida, pois não havia evidências suficientes para implicá-lo no crime. O caso, que envolveu um ataque a tiros enquanto o casal estava em um veículo, culminou em Ewerton passando cinco meses preso antes de obter liberdade provisória.
Em entrevista ao Campo Grande News, os advogados Nikollas Pellat e Lucas Arguelho Rocha alegaram que sempre defenderam que o acusado era, em verdade, vítima também de um atentado. “Isso era inquestionável pelas provas, pois não existia nenhum elemento de ser o autor do fato, até porque foi igualmente alvejado e hospitalizado no mesmo dia que a vítima, portanto, a manutenção unânime pelo TJMS (Tribunal de Justiça) mostra a efetiva Justiça ao caso”, pontuou a defesa.
Lucas lembra que o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, já havia inocentado Ewerton logo após a denúncia feita, por falta de elementos que comprovassem a participação dele, mas a promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani recorreu. O Ministério Público queria o namorado de Bruna fosse julgado por feminicídio.
Por isso, o caso foi levado para julgamento no Tribunal de Justiça, onde três desembargadores votaram a favor da defesa e consideraram a decisão de Garcete em manter Ewerton como inocente, já que não existiam provas suficientes que materializassem a participação dele no atentado, seja como autor ou como mandante.
Entenda - O homicídio aconteceu em 1º de setembro de 2021, em estrada em Campo Grande, na região do Jardim Itamaracá, e segundo o depoimento de Ewerton na polícia, o casal estava um Volkswagen Gol prata, quando um homem, não identificado, usando roupas escuras e capacete, se aproximou do veículo a pé, parou ao lado da porta do passageiro e disparou contra o casal.
O namorado de Bruna contou à polícia que percebeu que havia sido atingido de raspão no braço e, logo em seguida, viu a jovem inconsciente, sangrando muito. Por isso, acelerou o carro e foi para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário.
Dois anos depois, o delegado que assumiu o caso, Christian Molinedo, adjunto da 4ª Delegacia de Polícia, considerou através dos depoimentos que Ewerton, na verdade, seria suspeito de cometer o crime e em seguida simular o atentado, dizendo haver uma terceira pessoa.
Ewerton chegou a ser preso e passou cinco meses na cadeia até que a defesa dele conseguiu a liberdade provisória do rapaz, pois ele não oferecia risco.
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