Justiça nega liberdade a assassina confessa do marido
A Justiça mantém presa Maria Rangel dos Santos, 46 anos, assassina confessa do marido, o policial militar aposentado Gumercindo Rosa do Nascimento, 74 anos. O crime aconteceu no dia 28 de fevereiro deste ano, na residência onde o casal morava, no bairro Amambaí, em Campo Grande.
Maria Rangel fugiu logo depois do homicídio e se apresentou no dia 4 de março, mas, como já estava com prisão preventiva decretada desde o dia 2, ficou na cadeia. Ela alega legítima defesa. A Polícia Civil fez reconstituição do crime e finaliza o inquérito.
A defesa de Maria Rangel, que era conhecida como Rogéria, pediu à Justiça revogação da prisão preventiva. O MPE (Ministério Público Estadual) deu parecer pela manutenção da prisão e o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, negou a liberdade.
A defesa da mulher também já impetrou pedido de habeas corpus, o qual está em análise pela 2ª Câmara Criminal.
O caso - Em depoimento à Polícia Civil, Maria Rangel contou que o marido queria ter relação sexual com ela à força e também a agrediu com barra de ferro. Ao Campo Grande News, disse que ela e Gumercindo chegavam em casa de carro e ele a mandou abrir a perna com a intenção de molestá-la. “Moça, eu não sei nem como te contar isso, você coloca aí do jeito que achar melhor”, falou a mulher ao começar a contar o que o marido queria.
Segundo Maria Rangel, como não queria atender ao pedido do marido, ela desceu do carro e entrou na residência. Gumercindo pegou uma barra de ferro que era utilizada para trancar o portão e bateu na barriga dela.
Diante disso, conforme Maria Rangel, ela entrou no quarto onde ficava o cofre – que não era trancado - e pegou a arma. Quando ele entrou no cômodo, ela atirou e fugiu e ele morreu no local. O casal estava junto há um ano e 11 meses.