Liga Antimosquito faz caminhada de conscientização sobre os perigos do Aedes
Também houve entrega de folhetos com orientações de como eliminar possíveis criadouros do inseto
Com a presença do prefeito Marquinhos Trad (PSD), a Liga Antimosquito da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) fez caminhada para conscientizar a população sobre os riscos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika.
A concentração foi na Praça Ary Coelho, na manhã desta sexta-feira (17). Composto por servidores públicos, empresários e colaboradores do comércio, o grupo munido com cartaz e faixa percorreu pelas ruas 15 de Novembro, 14 de Julho, Marechal Rondon e 13 de Maio. Também houve entrega de folhetos com orientações de como eliminar possíveis criadouros do inseto.
“O clima da nossa cidade mostra que é propício para proliferação do mosquito, como presenciamos no dia de hoje. De manhã faz um solzinho e à tarde chove. Temos conhecimento de que 80% dos focos são domiciliares, portanto, a população precisa nos ajudar limpando seus terrenos e não deixando água parada em suas casas”, destacou o prefeito durante a caminhada.
Segundo o presidente da Associação Comercial, Renato Paniago, a preocupação com o combate ao mosquito é uma questão de saúde pública, que envolve a sociedade como um todo. “Por mais que seja para proteger e ajudar a defender o comércio da Capital, a ação envolve a população em geral, porque impacta, por exemplo, micro e pequenas empresas, profissionais liberais e autônomos, além do grande e do médio comerciante”, disse.
Paniago ressalta que as doenças causadas pelo Aedes aegypti geram estragos em cadeia, impactando a saúde dos indivíduos e a sua rotina familiar, bem como as empresas e a economia. "Essas doenças levam a afastamentos no trabalho, prejudicam a renda das famílias e acarretam perda da produtividade das organizações", destacou.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, disse que a população precisa ser alertada quanto a outras doenças também. “Estamos praticamente há dois anos falando de covid e, por isso, temos a preocupação de alertar a população sobre as outras doenças. Por exemplo, temos visto casos de gripe em outros estados, por isso, a gente tem que se prevenir, pois se tiver um surto de dengue ou chikungunya pode complicar o sistema de saúde da cidade no ano que vem”, alertou.
Método Wolbachia - O coordenador do método Wolbachia em Campo Grande, Antônio Brandão, explicou que estão na 3ª etapa do projeto, que compreende as regiões do Bandeira e Prosa. Somente nesta fase já foram soltos 4,5 milhão de mosquitos. “A próxima está prevista para fevereiro do ano que vem, chegando a 30 milhões de solturas no total”, disse.
Em um período de dois anos, o método Wolbachia poderá fazer com que todos os mosquitos Aedes aegypti, vetores de uma série de doenças, em Campo Grande, percam a capacidade de transmissão de arboviroses e que a dengue fique em níveis muito baixos.