Luminol aponta "manchas" em ferro-velho periciado durante as buscas por "Alma"
Dono do ferro-velho está foragido
A Perícia Técnica da Polícia Civil encontrou manchas que podem ser de sangue em uma residência localizada no ferro-velho da Avenida Gunter Hans, onde policiais civis estão nesta noite (22), em busca de pistas do paradeiro do garagista e agiota Carlos Reis de Medeiros de Jesus, de 52 anos, o “Alma”. A pericia fez teste com luminol no chão de um cômodo onde uma parte do piso foi retirada. Pelo menos três manchas foram identificadas, duas no chão e uma na parede, conforme apurado.
"Aparentemente, o piso foi arrancado recentemente. Pode ser a indicação de que alguém tentou apagar os vestígios do eventual crime que vitimou o Carlos", comentou o delegado Carlos Delano, titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) e responsável pelo caso.
Delano esclarece que apesar de não descartar a possibilidade de homicídio, Carlos Reis é considerado desaparecido. A confirmação de que as manchas são de sangue ainda depende de exame laboratorial.
O ferro-velho, localizado na Avenida Gunter Hans, pertence ao irmão de Rodrigo José Martins da Silva, de 19 anos, que foi preso nesta manhã por forte suspeita de ter algum envolvimento no desaparecimento. Ele está foragido por ter rompido a tornozeleira eletrônica.
Os investigadores da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio) se deslocaram até o endereço nesta noite, para apurar denúncia de que um suspeito de envolvimento no sumiço de "Alma" estaria no ferro-velho. Entretanto, ninguém foi encontrado. Além da equipe da DEH, comandada pelo titular, delegado Carlos Delano, policiais da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos) também estiveram no local.
Sumiço - Carlos Reis está desaparecido desde 30 de novembro de 2021 e indícios de que ele tenha sido vítima de crime fizeram com que a DEH entrasse no caso no fim do ano passado. Foram feitas várias diligências pelos investigadores desde então.
Na mesma semana em que desapareceu, um grupo foi flagrado com os veículos de Carlos em um desmanche. Também foi descoberta agiotagem feita pelo garagista, com valores altos, abrindo um "leque" de possibilidades e suspeitos. Um dos presos durante as investigações afirmou que ele era "agiota forte".
Além da prisão de Roberto, nesta terça-feira (22), já foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nos bairros Moreninhas, Santo Antônio e Tiradentes.
