Investigação sobre sumiço de “Alma” leva policiais a ferro-velho no Aero Rancho
Após prender irmão do dono de funilaria, equipes da DEH e Defurv vasculham revenda sucata de veículos
Depois de prender Rodrigo José Martins da Silva, 19, irmão de Thiago Gabriel Martins da Silva, vulgo “Thiaguinho PCC”, dono de uma oficina no Bairro Aero Rancho, e cumprir outros 11 mandados de prisão em Campo Grande, policiais da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio) vasculham, na noite desta terça-feira (22), um ferro-velho no mesmo bairro.
A ação faz parte das investigações sobre o “sumiço” do garagista e agiota Carlos Reis de Medeiros de Jesus, de 52 anos, conhecido como “Alma” e que não é visto há quase três meses.
Policiais estão no estabelecimento, localizado na Avenida Gunter Hans, região sudoeste de Campo Grande. Além da equipe da DEH, comandada pelo titular, delegado Carlos Delano, policiais da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos) fazem buscas no local.
Na operação, iniciada nesta manhã, Rodrigo José foi preso temporariamente (30 dias) por forte suspeita de ter algum envolvimento no desaparecimento, embora o advogado dele, Cairo Frazão, afirme que o cliente sequer conhecia o garagista.
Acontece que Rodrigo é irmão de “Thiaguinho do PCC”, já citado no início das investigações por ter “negócios” de revenda de carros com “Alma”. O rapaz preso, segundo a defesa, trabalhava como atendente na funilaria de Thiago.
Além da prisão, nesta terça-feira (22), já foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nos bairros Moreninhas, Santo Antônio e Tiradentes.
Investigação - Carlos Reis está desaparecido desde 30 de novembro de 2021 e indícios de que ele tenha sido vítima de crime fizeram com que a DEH entrasse no caso no fim do ano passado.
Foram feitas várias diligências pelos investigadores desde então. Na mesma semana em que desapareceu, um grupo foi flagrado com os veículos de Carlos em um desmanche. Também foi descoberta agiotagem feita pelo garagista, com valores altos, abrindo um "leque" de possibilidades e suspeitos. Um dos presos durante as investigações afirmou que ele era "agiota forte".