Manifestantes desistem de acampar em rodovia e encerram bloqueio
Após pare e siga, protesto perdeu força. Ação durou 5 horas e teve início após corte de energia elétrica irregular
Os manifestantes que montaram barricadas no anel viário de Campo Grande decidiram liberar o tráfego de veículos de forma total no início desta noite (11), após cinco horas, e também desistiram de montar acampamento.
Os moradores de terreno ocupado no Jardim Centro-Oeste, onde houve corte de energia elétrica irregular nesta manhã, dizem que vão aguardar uma definição da Defensoria Pública junto ao Ministério Público Estadual. Caso não haja novidades, prometem voltar ao local.
O inspetor da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Mauricio Pepino, acompanhou as negociações com os manifestantes. Em alguns momentos os ânimos chegaram a ficar exaltados, mas não houve confusão.
Barricadas foram formadas com pneus, galhos e cones, impedindo o trânsito desde as 13h20. Durante o protesto, os defensores públicos Homero Lupo Medeiros e Claudia Bossay Fassa tentaram convencer os moradores, que pediam a presença de algum representante da prefeitura.
Os defensores públicos disseram que o Executivo nada pode fazer nesse caso e que a primeira medida a ser tomada será entrar com ação civil pública amanhã solicitando a religação da energia elétrica considerando que há crianças e idosos no local.
O protesto começou com cerca de 550 pessoas, mas começou a enfraquecer no início da noite. Antes de liberarem o trânsito totalmente, os manifestantes optaram pelo pare e siga de 10 minutos. O congestionamento totalizou cerca de 13 km, sendo 6 para quem estava na BR-163 sentido Campo Grande e outros 7 sentido Anhanduí.
Em nota, a Energisa disse que a ação de combate ao furto “foi estruturada para garantir a segurança das 1.200 famílias que realizaram intervenções irregulares na rede elétrica. A ligação clandestina de energia oferece riscos à população, pois sobrecarrega a rede podendo ocasionar acidentes com mortes, incêndios, choques elétricos e curto-circuito”.
A concessionária cita ainda a resolução 414 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). “As distribuidoras de energia só podem regularizar o fornecimento de energia em áreas invadidas com a autorização do poder público concedente”.