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Capital

Motorista de BMW que matou jovem atropelada em cruzamento é indiciado

Acidente aconteceu dia 25 de agosto deste ano e Lucca Assis Mandetta chegou a ser ouvido na delegacia

Por Ana Paula Chuva e Anahi Zurutuza | 30/09/2024 15:49
Acidente fatal foi entre a BMW e a motocicleta Honda Biz (Foto: Direto das Ruas)
Acidente fatal foi entre a BMW e a motocicleta Honda Biz (Foto: Direto das Ruas)

Lucca Assis Mandetta, 26 anos, vai responder por homicídio culposo na direção de veículo automotor, por conta da morte de Letícia Machado Gonçalves. O caso aconteceu no dia 25 de agosto deste ano no cruzamento das ruas 14 de Julho e Marechal Rondon, Centro, em Campo Grande.

O anúncio do fim do inquérito foi feito nesta segunda-feira (30), pela Polícia Civil. A investigação foi conduzida pela 1ª Delegacia da Capital e, de acordo com o delegado Rodrigo Nunes Zanotta, os elementos colhidos corroboram com a responsabilização do acusado.

“Os elementos de prova, como depoimentos, laudos periciais e a dinâmica dos fatos, corroboram com a imputação do crime previsto no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro. O inquérito policial será remetido ao Ministério Público para providências cabíveis”, disse o responsável pela investigação, em nota.

Em nota, os advogados de Lucca afirmaram que o laudo pericial concluiu que houve culpa concorrente no acidente, "evidenciando que a motocicleta, além de ultrapassar sinal vermelho, estava acima do limite de velocidade permitido".

Além disso, os defensores do rapaz afirmam que a conclusão do inquérito reforça a posição já apresentada de que o acidente foi uma fatalidade "sem responsabilidade exclusiva de uma das partes. Lamentamos profundamente que, infelizmente, uma vida foi perdida nesse trágico envento", pontua o documento.

Caso - Letícia seguia para o trabalho em uma Honda Biz pela Rua 14 de Julho, quando foi atingida na lateral pela BMW que trafegava pela Rua Marechal Rondon. A traseira da motocicleta ficou danificada e a frente do carro também ficou amassada.

Conforme boletim de ocorrência, Lucca não apresentava sinais visíveis de embriaguez ou lesões em decorrência do acidente. Ele disse à polícia que respeitou a sinalização semafórica e só percebeu a moto após a colisão.

Ao ser convidado a fazer o teste do bafômetro, procedimento adotado quando ocorre acidente com morte, Lucca disse que faria, mas na sequência foi orientado pelo advogado para não fazer. Ele prestou esclarecimento na delegacia e foi liberado.

Em nota, os advogados de defesa do motorista disseram que o acidente foi uma fatalidade. Conforme o texto assinado por Wender Thiago dos Santos Braz, Vinícius Felipe de Oliveira Fernandes e Elias Corrêa Nunes Júnior, Lucca se recusou a fazer o teste do bafômetro por orientação da defesa, presente no local.

“Por fim, destacamos que nosso cliente permaneceu no local do acidente, foi colaborativo, prestou o socorro necessário, bem como os esclarecimentos acerca do acidente perante a autoridade policial, aguardando agora a conclusão do inquérito para apurar as circunstâncias", pontuou a defesa no documento enviado ao Campo Grande News no dia seguinte ao acidente.

Lucca é filho de Hélio Mandetta Sobrinho, que foi secretário especial da Segov (Secretaria Estadual de Governo), durante a gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja, e primo de segundo grau de Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro.

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