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Capital

MPE abre inquérito para investigar falta de médicos e estrutura para perícia

Luana Rodrigues | 23/07/2015 09:44

Após denúncias da APO/MS(Associação de Peritos Oficiais do Estado) e do Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais de Mato Grosso do Sul) sobre deficiências na estrutura Imol(Instituto de Medicina e Odontologia de Mato Grosso do Sul), o MPE( Ministério Público Estadual) abriu inquérito para investigar a insuficiência de profissionais médicos perito-legistas no instituto.

O procedimento foi instaurado no dia 17 de julho, pela promotora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, por meio da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde. Nos meses de junho e julho, a APO e o Sinpol denunciaram vários problemas no prédio da instituição como, por exemplo, falta de ventilação adequada, além de equipamentos sucateados e até o funcionamento precário da câmara fria usada para a preservação dos corpos.

O Sinpol também constatou que não há efetivo suficiente no IMOL e na Coordenadoria Geral de Perícias para atender a demanda de Campo Grande e cidades próximas, sendo que a escala de trabalho ultrapassa a carga horária estipulada por lei. O diretor jurídico do Sinpol, Giancarlo Miranda, lembrou que em novembro de 2014, foi registrada uma troca de corpos, por conta do déficit na estrutura.

Ainda no início deste mês, o Campo Grande News apurou que 253 casos estavam emperrados nas delegacias de Polícia Civil da Capital, porque os delegados precisavam dos resultados dos laudos de exames de DNA para solucioná-los. Os dados eram da APO/MS (Associação de Peritos Oficiais), que também denunciou a falta de estrutura de trabalho no estado. Agora, após reunião e acordo com o Governo, o serviço foi regularizado, mas categoria aguarda melhorias estruturais.

Uma das investigações prejudicadas é o assassinato de Marília Caballero, desaparecida há 12 anos. Uma ossada com protese de silicone foi encontrada em madeireira desativada no bairro Taveirópolis, mas foi possível fechar o caso por falta do DNA que comprove se tratar de Marília. Já houve coleta do material dos filhos.

Outro caso era o de uma jovem de 18 anos, que apesar de ter denunciado os suspeitos logo após ter sofrido agressão sexual, eles ainda não haviam sido presos, porque o sêmen dos criminosos foi colhido, mas não pode ser processado pela falta do produto químico.

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