MPE diz que há elementos fortes de crime sobre caso de lava jato
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul disse que mesmo havendo forte indícios de crime, vai aguardar o inquérito policial para se pronunciar em relação à morte de Wesner Moreira da Silva, 17 anos, jovem agredido com mangueira de compressão em um lava jato.
Conforme o promotor, Luiz Antônio, responsável pela 69ª Promotoria de Justiça, as notícias que foram divulgadas mostram elementos fortes de cometimento de um crime. “Porém, só posso fazer uma avaliação mais concreta após o fim do inquérito e com o relatório feito pela Polícia Civil, inclusive para decidir se há base probatória para oferecer a denúncia”, disse em nota encaminhada pela assessoria de imprensa do órgão.
O promotor acrescenta ainda que, se virarem réus os autores terão direito à ampla defesa, de modo que o oferecimento da denúncia não quer dizer que sejam culpados, conclusão que se chega apenas ao final do processo criminal se houver condenação.
Caso - Os dois suspeitos de terem cometido o crime contra o adolescente são: Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, dono do lava jato, e Willian Henrique Larrea, 30 anos. O delegado Sérgio Laureto, responsável pelo caso, pediu a prisão preventiva dos dois.
Quem fez a denúncia contra a dupla foi o primo da vítima, de 28 anos, na sexta-feira (3), mesmo dia do crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.
Após 11 dias internado na Santa Casa, Wesner teve hemorragia grave e uma parada cardiorrespiratória. O garoto morreu às 13h35 de terça-feira, depois que médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos.