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Capital

Mulher que escondia gravidez é suspeita de matar o próprio filho

Rafael Ribeiro | 12/01/2017 10:56

A Polícia Civil investiga um suposto caso de aborto cometido por uma mulher de 35 anos na madrugada desta quinta-feira (12), no Jardim Zé Pereira, em Campo Grande. Segundo os investigadores, a suspeita escondia da família a gravidez e não está descartada a possibilidade de que tenha assassinado o bebê depois do nascimento.

Segundo a polícia, aos socorristas a mulher disse que acordou por volta das 3h e escorregou no próprio sangue ao se levantar da cama para ir ao banheiro. A filha dela teria se assustado ao escutar o barulho e, pensando que o ferimento fosse grave, decidiu chamar a ambulância.

Chegando à casa, no entanto, os médicos encontraram o bebê natimorto, enrolado em um cobertor em cima da cama. A Polícia Militar foi acionada e descobriu que ninguém na família da investigada sabia da gravidez.


Na Santa Casa, para onde a mulher foi socorrida consciente, ela disse à PM apenas que sentiu seu lençol molhado durante a madrugada, mas não percebeu que estava sangrando. Ela confessou que não contou a ninguém da família sobre a gravidez, mas disse não saber há quantos meses exatamente estava gestante.


Segundo a polícia, a mulher permaneceu internada em observação na Santa Casa. A instituição de saúde não respondeu o Campo Grande News até a conclusão desta reportagem.


No Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da região central, a filha da investigada disse que a mãe apresentava sinais de depressão desde a morte do pai, há dois meses. Dormia mal e não mantinha bons hábitos alimentares.


Segundo o relato da jovem, na noite de quarta-feira a suspeita foi tomar banho pouco após o fim da tarde e pediu comprimidos de dipirona alegando estar com dor de cabeça. Por volta das 19h, sem jantar, foi dormir.


A polícia registrou o caso como morte suspeita. Laudo preliminar da perícia apontou que o feto estava bem evoluído, com cerca de 48 centímetros, do sexo masculino e cordão umbilical intacto. Exames seriam feitos para atestar sua idade. A mulher será ouvida para prestar depoimento formal assim que se recuperar.

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