No 7º julgamento, Nando chora e repete que foi obrigado a assumir crimes
Nando já passou por seis julgamentos e penas somam 87 anos e seis meses de prisão
No sétimo julgamento de uma série de assassinatos, desta vez pela morte de Ariel Fernando Garcia Lima Teixeira, Luiz Alves Martins Filho, o Nando, chorou e voltou a dizer que foi obrigado a assumir o crime. As condenações do serial killer já somam 87 anos e seis meses de prisão. Novamente, o acusado não quis aparecer na videoconferência.
Ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Nando disse que não conhecia a vítima e que também não sabe quem possa ter executado Ariel, morto com seis tiros em fevereiro de 2014 no bairro Danúbio Azul.
Assim como nos julgamentos anteriores, o serial killer voltou a dizer que foi obrigado a assumir o assassinato junto com Claudinei Augusto Fernandes, 26 anos, que também está sendo julgado nesta sexta-feira pelo envolvimento no mesmo crime. Ainda segundo Nando, ele e Claudinei não se conheciam.
Questionado sobre onde o corpo de Ariel foi encontrado enterrado, no Jardim Veraneio, Nando disse que não foi ele quem indicou o local à polícia.
Em depoimento, Claudinei, que responde pela morte de Ariel em liberdade, também negou o crime. O réu, assim como Nando, disse que apanhou na delegacia para assumir a participação na morte e, mesmo morando no mesmo bairro, afirmou que não conhecia serial killer.
Condenações - Nando já passou por seis júris, sendo absolvido somente pela morte de Ana Claudia Marques. As penas já somam 87 anos e seis meses de prisão.
Videoconferência - O serial killer, preso em Campo Grande, está sendo ouvido por videoconferência devido a uma tuberculose. Ele se recusa a fazer tratamento, não podendo ter contato com outras pessoas. Desde o último julgamento, Nando nega aparecer na tela.
O caso – Nando é autor de uma série de assassinatos no bairro Danúbio Azul. As vítimas eram, em maioria, jovens mulheres envolvidas com consumo de drogas e inseridas em contexto de vulnerabilidade social. Ele é acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas, entre os anos de 2012 e 2016, e ficou conhecido como um dos maiores serial killers do Estado, pela quantidade e a forma cruel como executava os crimes.