ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 31º

Capital

No SUS não há privilégio, diz Santa Casa sobre confusão com deputada

Grazielle Machado se envolveu em confusão no PS do hospital

Fernanda Mathias e Adriano Fernandes | 05/06/2016 16:57
Santa Casa diz que deputada entrou com babá e marido também quis acompanhar atendimento, mas foi barrado. Limite é para todos. (Foto: Fernando Antunes)
Santa Casa diz que deputada entrou com babá e marido também quis acompanhar atendimento, mas foi barrado. Limite é para todos. (Foto: Fernando Antunes)

Sobre o caso do filho da deputada Grazielle Machado (PR), que acabou virando ocorrência policial neste domingo (5), a assessoria de imprensa da Santa Casa informou que, no SUS (Sistema Único de Saúde), “o atendimento é igual para todos”. A parlamentar se envolveu em confusão depois de procurar atendimento para a criança no hospital, parou o carro em uma vaga destinada a ambulâncias e tentou quebrar o protocolo de acesso ao local.

Ainda de acordo com o hospital, os funcionários envolvidos na contenção do marido da deputada, Herlon Zaparoli, também registrarão boletim de ocorrência e um deles – que teria sido atingido por um tapa próximo à orelha – passou por exame médico que mostrou agressão. 

A informação dos funcionários é de que a deputada teria entrado com a babá no Pronto Socorro para atendimento da criança e o marido teria tentado entrar junto, excedendo o limite de acompanhantes, imposto para que o trabalho dos médicos não seja prejudicado. Impedido de entrar, Herlon teria se exaltado.

Ao Campo Grande News a deputada desabafou: “Perdi o direito de ser gente por ser deputada”. Ela chegou ao hospital com o bebê com quadro de diarréia e vômito e conta que recebeu uma senha de cor laranja, que indica a gravidade do caso.

Grazielle, que divulgou em seu Facebook um vídeo para relatar a confusão, conta que estacionou o carro na vaga que é destinada a ambulâncias e quando o funcionário do hospital a questionou, ela alega que falou “em voz baixa” que o carro dela é oficial por conta de seu mandato legislativo. “Escutei várias pessoas dizendo ‘só porque ela é deputada isso está acontecendo’”, disse Grazielle.

O autônomo Izaias Pinho, 56, que também aguardava no Pronto Socorro no momento, tirou sua conclusão: “Ela chegou achando que é melhor que todo mundo. Inclusive, eu disse: a senhora não é melhor que ninguém, tem de esperar como todos”. Ele relata que três seguranças impediram a entrada de Herlon.

Nos siga no Google Notícias