Operação prendeu 21 pessoas, explosivos e mais de 200 kg de cocaína
A polícia também apreendeu durante investigações R$ 25 mil em espécie, 10 armas e 20 veículos
A Operação Ouro Branco, deflagrada pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), prendeu 21 pessoas durante um ano de investigação por tráfico de cocaína e lavagem de dinheiro. Além de 239 km da droga, foram apreendidas 10 armas, 200 kg de explosivos, R$ 25 mil em dinheiro e 20 veículos.
Dentre os envolvidos, um homem de Ponta Porã, que não teve o nome divulgado, era responsável por trazer a cocaína da Bolívia para Campo Grande. Na Capital, a droga era distribuída em vários núcleos, alguns comandados por integrantes da mesma família.
Os chamados núcleos eram responsáveis por distribuir a droga, inclusive para outros Estados, e outros pela lavagem de dinheiro comprando bens, principalmente, veículos e imóveis. Todos os envolvidos e presos são faccionados.
Ao todo foram apreendidos dois revólveres calibre 38, quatro pistolas 380, sendo uma com mira a laser, duas pistolas 9 milímetros, uma submetraladora .40 e um colete balístico.
Apesar das investigações durarem cerca de um ano, a operação foi deflagrada nesta segunda-feira (18) com 16 mandados de prisão e 64 de busca e apreensão. Entre os presos ontem estão um casal e três pessoas da mesma família: mãe, pai (conhecido como Playboy) e filha.
Dos 16 alvos da operação, três ainda estão foragidos e cinco são internos do sistema prisional do Estado.
A inteligência da delegacia também verificou que de dentro do presídio, um interno depositou na conta de um dos alvos da operação, nos últimos três meses, cerca de 70 mil. Na casa deste alvo, a polícia apreendeu R$10,2 mil. O que gerou flagrante pelo crime de Lavagem de Dinheiro.
De acordo com o delegado responsável, esta foi a primeira fase da operação que vai ser dividida em três frentes. "Na terceira fase devemos trabalhar o lado financeiro da organização criminosa porque não basta apenas retirar de circulação esses presos, é preciso atacar o patrimônio com sequestro de bens, móveis e imóveis, bloqueio de contas", explicou Hoffman D'Ávila, delegado da Denar.
Um dos principais alvos da operação, o traficante Luciano de Souza Barbosa, de 36 anos, conhecido como “Pequinês” foi preso na madrugada de segunda-feira (18) quando tentava fugir do flagrante dos policiais, após a síndica do condomínio onde ele mora o avisar sobre a movimentação da polícia. Ela e um funcionário foram detidos por favorecimento real e assinaram um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência).