ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 13º

Capital

Ordem para mais fiscais nos altos da Afonso Pena é contestada na Justiça

Prefeitura de Campo Grande, Governo de MS e associação de moradores apresentaram embargos

Cassia Modena | 19/07/2023 12:32
De dia, região é tranquila; reclamações são sobre noites dos fins de semana e feriados (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)
De dia, região é tranquila; reclamações são sobre noites dos fins de semana e feriados (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)

O acórdão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que determinou adoção de medidas de segurança e ordem no trânsito nos altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, é contestado pela Prefeitura de Campo Grande e o Governo de Mato Grosso do Sul. Entre esta e a última semana, Estado e Município apresentaram recursos que ainda não foram analisados.

Questiona também o acórdão a Associação de Moradores do Condomínio Altos da Afonso Pena, que moveu há 10 anos a ação inicial relacionada pedindo providências para conter a "baderna generalizada" que toma conta da região aos finais de semana e feriados.

Primeira a apresentar recurso, a associação requer que o TJMS determine que as medidas sejam imediatas, sem que se espere todos os trâmites judiciais correrem. O argumento é que acidentes de trânsito e até mortes podem acontecer na região enquanto isso.

O acórdão foi publicado em junho e deu o prazo de 30 dias para as medidas de segurança serem tomadas. Como embargos de declaração foram apresentados, o tempo fica pausado.

Município e Estado - A prefeitura aponta que a decisão não define os dias em que as providências devem ser tomadas. "Nos dias de fins de semana e feriados, ou ainda, quando autoridade executiva entender necessário (eventos programados, etc.)", cita a Procuradoria-Geral do Município nos embargos de declaração.

Isso é necessário, segundo a prefeitura, para haver conformidade com o que foi pedido e para que não se entenda que o aparato policial deve ficar de forma fixa no local, atendendo a interesse particular dos moradores da avenida.

Em nota enviada à reportagem, a Procuradoria-Geral pontua esperar o julgamento dos embargos. "De todo modo, as medidas para promover a organização do trânsito e segurança do local são permanentemente realizadas pelo Município, dentro de suas atribuições", completa.

Já a Procuradoria-Geral do Estado apresenta dados do BPTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito) para indicar que a fiscalização e policiamento não estão ausentes na região e que não cabe à Justiça intervir, já que não está sendo omisso. Entre abril do ano passado e 13 de julho, foram realizadas 67 operações de policiamento no local, exemplifica. No mesmo período, afirma que houve 263 atendimentos a ocorrências ali.

Por fim, a procuradoria pede que o TJMS considere que as infrações de trânsito que ocorrem na região e foram citadas no pedido inicial são de competência da prefeitura fiscalizar, por meio da Agetran (Agência Municipal de Trânsito). As principais são excesso de velocidade; estacionamento nos canteiros e no leito da avenida; e som acima do volume permitido.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias