Pichadores expandem atuação e sujam casas, lojas e até carros
Após “ataques” a lojas e monumentos do centro, pichadores começam a expandir território e, agora, sujam casas e empresas no Bairro São Francisco. Na guerra contra os vândalos, os moradores gastam até R$ 1,5 mil para repintar muros e residências.
Não é difícil encontrar muros com sinais estranhos pichados pelo bairro. A maioria foi feita durante a madrugada. Eles não respeitam nem os locais com pouco tempo de inauguração, como o escritório do advogado Jeferson Silva, 27 anos. “Agora nós teremos que dividir as despesas com os outros locatários”, contou.
O advogado revelou que o escritório funciona a cerca de um ano na região e esse é a primeira vez que picham o local, o que surpreendeu Jeferson, pois eles pintaram a parte superior do salão, lugar difícil de alcançar.
“Isso é uma sacanagem. Esse pessoal parece que não tem o que fazer”, acrescentou o advogado. Ele disse que já estão tentando capturar o responsável pelos desenhos.
Outro advogado, 68, que não quis se identificar, também está correndo atrás da identificação dos pichadores. “A câmera os flagrou, mas não conseguimos ver o rosto, mas sabemos que são adolescentes”, afirmou. Ele disse que esta é a segunda vez que picham o muro da sua empresa e estimou um gasto de até R$ 1 mil para a reforma.
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Samira Haovila, 52, não conseguiu estimar um valor, mas revelou que já se precaveu para as próximas pichações em sua casa. “Eu comprei uma lata grande de tinta, por que se ficar pagando sempre uma pessoa, vou gastar muito”, explicou.
Pela segunda vez picharam o muro de sua casa, com isso Samira se revoltou com a situação. “Não fazem nada. Se eles picham, eu acho que deviam fazê-los limpar tudo, mas não tem punição alguma”, cobrou.
Durante a passagem do Campo Grande News pelo bairro, a equipe flagrou até um carro com a lataria pichada com os mesmos sinais que estão nos muros e paredes.
“Picharam o carro e o muro que da casa ao lado. A pessoa que mora ali construiu o muro em um dia e no outro já picharam”, contou o empresário Edivaldo Giuncanse, 51.
Ele também ficou indignado com a pichação, que sujou toda a extensão do muro que cerca a sua loja. Ele estimou gastou de até R$ 1500 para pintar o muro. “Supostamente são as mesmas pessoas que fazem todas essas pichações”, observou.