Famílias de MS viajam a Roma para tentar se despedir do Papa Francisco
A viagem inicialmente seria para a canonização de Carlo Acutis, mas foi adiada devido ao falecimento
Três famílias de Mato Grosso do Sul embarcarão para Roma para tentar se despedir presencialmente do Papa Francisco, que morreu na última segunda-feira (21). Inicialmente, a viagem dos fiéis seria para acompanhar a canonização de Carlo Acutis, conhecido como “padroeiro da internet”.
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Famílias de Mato Grosso do Sul viajam a Roma para se despedir do Papa Francisco, falecido recentemente. Inicialmente, a viagem era para a canonização de Carlo Acutis, mas agora tentam participar do funeral do Papa. Entre os viajantes estão o médico José Carlos e sua esposa, a zootecnista Geovana Mecatti com sua família, e a estudante Maria Berres. Todos expressam profunda admiração pelo Papa e lamentam sua morte. A cerimônia de canonização foi adiada, mas as famílias pretendem honrar o Papa e Carlo Acutis em suas visitas à Itália.
Já em Florença, na Itália, o médico campo-grandense José Carlos Rosa Pires de Souza, de 60 anos, viajou com a esposa, a professora Renata Cristina da Silva, de 55 anos, para participar da cerimônia de canonização de Carlo Acutis, marcada para o dia 27 de abril, mas adiada após a morte do Papa. Agora, o casal tenta participar do funeral, na Praça São Pedro.
“Estamos nos preparando desde fevereiro para esta viagem. Viemos com camisetas do Carlo Acutis, trouxemos bandeiras do Brasil e um acróstico em sua homenagem. Estaremos em Roma de 25 a 28 de abril e tentaremos participar do funeral do Papa Francisco, embora a Praça São Pedro e Roma, em geral, devam estar lotadas de pessoas do mundo inteiro”, comenta José Carlos.
A notícia do falecimento do Santo Padre comoveu profundamente o casal, que nutria grande admiração por ele, especialmente por seu apoio à canonização de Carlo Acutis. O médico e a professora são frequentadores da Paróquia São Sebastião, em Campo Grande, onde ocorreu o primeiro milagre atribuído ao “padroeiro da internet”.
Também da Capital, a zootecnista Geovana Mecatti, de 41 anos, embarca nesta quinta-feira (25) para a Itália com o marido e as duas filhas. Ela participaria da canonização e havia agendado uma audiência com o Papa para o dia 30 de abril, marcada em janeiro.
“Ele foi um Papa muito bom, e graças a Deus não teve uma morte muito lenta e dolorosa. No fim das contas, vamos poder nos despedir dele. Será uma honra representar Mato Grosso do Sul e Campo Grande, e isso ficará para sempre em nossas memórias. Eu queria conhecê-lo em vida, mas infelizmente não foi da minha vontade, então preciso aceitar a vontade de Deus”, desabafa Geovana.
Ela conta ainda que a filha, de 9 anos, dedicou toda a Quaresma à saúde do Papa. A família já estava ciente da possibilidade de sua morte e do cancelamento da canonização, mas, mesmo assim, ficou abalada com a notícia e lamenta não poder realizar outra viagem semelhante devido aos custos.
Após o funeral do Papa Francisco, Geovana e a família seguem para Assis, onde pretendem visitar o túmulo de Carlo Acutis e participar de uma missa na igreja de São Francisco. “Já estou em contato com uma freira de lá, que cuida do Carlo. O padre Marcelo Tenório me passou o contato. Seguiremos o cronograma, mas, em vez da canonização, vamos acompanhar o funeral do Papa”, conta.
De Dourados, a estudante de psicologia Maria Berres Cavalheiro, de 22 anos, viajou à Europa com a mãe, a tia, a irmã e outras 20 pessoas. Todos acompanhariam a canonização de Carlo Acutis. A viagem, organizada por uma empresa, tem direção espiritual do padre Marlon Múcio.
Maria fechou o pacote em dezembro de 2024 com a Trielotur, pois é, segundo ela, “muito devota do beato Carlo Acutis”. A viagem também era um sonho antigo da família.
“Já fiz viagens religiosas, mas sempre dentro do Brasil, como para o Santuário Nacional de Aparecida e a Canção Nova. Esta foi diferente. Como vivemos o Ano Jubilar na Igreja Católica, houve uma preparação espiritual para lucrar as indulgências plenárias concedidas pela Igreja”, comenta.
Atualmente, Maria está em Lisboa, onde começou a viagem. Os quatro últimos dias seriam em Roma. Quando recebeu a notícia da morte do Papa Francisco, estava em Fátima e ficou abalada, especialmente porque o pontífice havia aparecido publicamente no Domingo de Páscoa.
“Quando o Papa ficou doente, já temi que a canonização não ocorresse, pois ela só pode ser realizada por ele. Mas, como houve melhora, acreditamos que tudo seguiria normalmente. Saber que ele apareceu no domingo e faleceu na segunda foi um choque enorme”, relata.
A estudante e os familiares temem não conseguir acompanhar o funeral devido à multidão esperada em Roma. Sem um plano definido, esperam ao menos participar de celebrações em sufrágio ao Papa.
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