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Capital

Pintor que matou ex-mulher a facadas passa mal e morre em presídio

Jair Paulino foi preso pelo feminicídio de Albina Freitas Ribas Luiz Gonçalves no dia 28 de fevereiro de 2023

Ana Paula Chuva | 29/04/2023 10:08
Jair foi preso em flagrante no dia do crime e morreu após passar mal em presídio. (Foto: Redes Sociais)
Jair foi preso em flagrante no dia do crime e morreu após passar mal em presídio. (Foto: Redes Sociais)

Jair Paulino da Silva, 52 anos, morreu na noite desta sexta-feira (28), após passar mal na Penitenciária Gameleira, na zona rural de Campo Grande. O pintor foi preso em flagrante no dia 28 de fevereiro deste ano, logo após esfaquear a ex-esposa Albyna Freitas Ribas Luiz Gonçalves, 49 anos. A vítima foi socorrida em estado grave, mas não resistiu e veio a óbito no hospital.

Conforme o registro policial, Jair começou a passar mal por volta das 16h50 de ontem. Ele foi levado para a cela de espera onde foi atendimento por um farmacêutico que trabalha na unidade penal. O pintor estava com a pressão e os batimentos cardíacos baixos e a glicemia alta e foi pedido escolta para levá-lo a uma unidade de saúde.

No entanto, por conta do horário, o GEP (Grupo de Escolta Penitenciária) informou que não poderia mais levar o preso e pediu que chamassem o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou o Corpo de Bombeiros para fazer o transporte de Jair até uma unidade de saúde.

Por volta das 18h28, o pintor começou a sentir dores fortes no peito e formigamento nas mãos. O Corpo de Bombeiros chegou no local por volta das 19h15 e encontrou Jair desmaiado. Foi realizada a massagem cardíaca para reanimação e a equipe percebeu que o caso era mais grave e por isso outra viatura foi acionada com médico plantonista.

Porém, o pintor acabou não resistindo e morreu por volta das 19h58. Ainda de acordo com o registro policial, Jair tinha antecedentes de doença psiquiátrica e diabetes. Ele morreu após parada cardiorrespiratória. O caso foi registrado como morte natural na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

Viatura da Polícia Militar e marcas de sangue no local onde Albyna foi morta. (Foto: Ana Paula Chuva)
Viatura da Polícia Militar e marcas de sangue no local onde Albyna foi morta. (Foto: Ana Paula Chuva)


Crime filmado - A vítima estava a caminho do trabalho, quando foi abordada pelo ex no meio da rua e os dois começaram a discutir. Para tentar se proteger, a vítima buscou um local movimentado e entrou no pequeno centro comercial, mesmo assim, foi perseguida e atingida por várias facadas nas costas, abdômen e pescoço.

O suspeito tentou fugir a pé, mas foi abordado por um borracheiro que presenciou as cenas de agressão e conseguiu conter o agressor até a chegada da Polícia Militar. Apesar de socorrida, Albyna não resistiu e morreu na Santa Casa.

Premeditado - A delegada Karen Viana disse que o crime foi “claramente premeditado”. “Ele alega que ceifou a vida dela porque descobriu uma traição, embora essa afirmação seja vaga. Testemunhas ouvidas disseram que ele já a estava perseguindo, tentando reatar o relacionamento e diante da negativa dela, ele andava alterado, não aceitando o fim e alegava que ia ceifar a vida dele, mas que antes não deixaria ela fazer mais isso (suposta traição) com mais ninguém”.

Karen comentou ainda que o autor tentou se justificar, negando que havia planejado o crime, mas as evidências apontam o contrário, uma vez que a faca usada estava com ele o tempo todo, sendo que Jair já a encontrou munido da arma branca. Desde o começo do mês, havia medida protetiva de Albyna contra ele.

Albyna seguia para o trabalho quando foi esfaqueada pelo ex-marido. (Foto: Redes Sociais)
Albyna seguia para o trabalho quando foi esfaqueada pelo ex-marido. (Foto: Redes Sociais)

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