PM que matou empresário no Procon diz ter lapsos de memória sobre dia do crime
A conciliadora que estava na sala na hora do assassinato também deveria ser ouvida, mas não compareceu
Durou quase duas horas o depoimento de José Roberto de Souza, policial militar da reserva acusado de matar o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, durante uma audiência no Procon em fevereiro deste ano. Nesta sexta-feira (25), aconteceu a segunda audiência do caso.
José Roberto respondeu todas as perguntas feitas pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos. O militar disse ter sofrido discriminação racial por parte de Caetano, mas segundo ele, isso aconteceu após o pagamento do primeiro serviço feito pelo empresário em um veículo do policial.
O militar também disse não lembrar de tudo que aconteceu naquela manhã. Relata que se levantou duas vezes porque queria ir embora e Caetano o mandava sentar. “Eu não queria ter ido nessa segunda audiência, cheguei atrasado porque para mim não íamos chegar a lugar nenhum, não ia ter acordo entre mim e aquele homem”, contou.
“A única coisa que lembro é que disparei quando ele me ofendeu, falou da minha cor e da minha honra, para o senhor ter uma ideia, ele até disse do meu dinheiro, falou que era um dinheiro preto”, disse o policial.
Além do réu, foi intimada para ser ouvida hoje a conciliadora do Procon que estava na sala na hora do assassinato, mas a mulher não compareceu. Na primeira vez, ela alegou estar doente e, hoje, as justificativas não foram apresentadas. Segundo a defesa, ela é uma peça-chave para o caso “pois iria contar certinho o que aconteceu naquele dia”, disse José da Rosa, advogado do PM.
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