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Capital

Polaco, chefão do contrabando, deixa presídio 2 dias após decisão do STJ

Ana Paula Carvalho e Francisco Júnior | 01/03/2012 15:53
Polaco ao sair do presídio (Foto: Marlon Ganassin)
Polaco ao sair do presídio (Foto: Marlon Ganassin)

Alcides Carlos Grejianin, o Polaco, acusado de ser um dos chefões do contrabando de cigarro no País, deixou nesta tarde, por volta das 15h, o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, onde estava preso desde novembro do ano passado, quando foi desencadeada a operação Alvorada Voraz. Ele estava acompanhado do advogado e da família.

A saída ocorreu dois dias após decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que concedeu a liberdade a Alcides Grejianin.

Polaco estava com aparência de abatido. Ele não quis falar com a imprensa. Dois filhos dele aguardavam fora da unidade prisional.

O advogado de Polaco, Sandro Sérgio Pimentel, afirmou que uma entrevista coletiva será marcada para semana que vem.

No pedido de habeas corpus, a defesa informou a existência de um cisto na região da mandíbula e afirmou que ele já havia realizado exames no Paraná, antes da prisão. A cirurgia já está agendada, segundo o defensor.

Uma restrição no estado de Goiás atrasou a soltura de Polaco. Hoje, o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David, chegou a afirmar ao Campo Grande News que a liberdade dele é um “banho de água fria" em todo esforço e trabalho feito pela polícia e que lamenta a decisão da Justiça.

Quem é - Polaco é acusado de liderar um esquema criminoso de contrabando de cigarros e pagar propina para policiais militares e a um agente tributário estadual lotado em Brasilândia. O grupo foi alvo da operação Alvorada Voraz, realizada no dia 23 de novembro, pelo Gaeco, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e PM (Polícia Militar).

À época, foram cumpridos 17 mandados de prisão temporária, 11 civis e 5 militares.

Durante a ação, foram apreendidos 12 veículos, 268 munições de vários calibres, um revólver calibre 38 de propriedade de um policial, um CPU, um notebook e cinco celulares.

A operação foi desencadeada nas cidades de Antonio João, Caracol, Jardim, Porto Murtinho, Campo Grande, Eldorado e Brasilândia, além de Brasília (DF) e Umuarama (PR). A ação reuniu 200 profissionais.

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