ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, TERÇA  24    CAMPO GRANDE 31º

Capital

Polícia aguarda laudos para concluir inquérito sobre mortes na quimioterapia

Renan Nucci | 13/01/2015 09:46
Possível autoria já foi identificada, no entanto, a delegada Ana Cláudia Medina aguarda resultado de laudos. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Possível autoria já foi identificada, no entanto, a delegada Ana Cláudia Medina aguarda resultado de laudos. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Passados seis meses após a morte de três mulheres que faziam tratamento de câncer colorretal na Santa Casa de Campo Grande, as investigações sobre o caso ainda seguem abertas. De acordo com a delegada responsável Ana Cláudia Medina, da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, a possível autoria já foi identificada, restando apenas o resultado de laudos periciais que vão auxiliar na elaboração do relatório final.

Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72 anos, e Maria Glória Guimarães, 61 anos, morreram entre os dias 10 e 12 de julho do ano passado, após serem submetidas a sessões de quimioterapia à base do medicamento Fluorouracil (5-FU). O Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, empresa terceirizada que prestava serviços ao hospital, teve o fim do contrato antecipado depois que os fatos vieram à tona trazendo consigo algumas irregularidades.

O inquérito chega a oito mil páginas e todas as oitivas já foram realizadas. Medina explica que falta apenas os laudos dos materiais coletados do corpo das vítimas (após exumação), que foi solicitado junto a um laboratório em São Paulo, e também outros exames feitos pelo Imol (Instituo Estadual de Medicina e Odontologia Legal). “Precisamos destas peças auxiliares para que possamos concluir o caso, imputando responsabilidade, se houver crime, aos autores”, explica.

O maior obstáculo enfrentado pela delegada e que desacelerou o andamento do processo, foi o fato de que o livro de registros da oncologia não apresentava dados fidedignos sobre o procedimento operacional padrão. “A documentação não dava o cenário real do que havia ocorrido. Este foi o fator que causou boa parte da demora”, disse Medina, lembrando que também avalia outros documentos, as medicações e a metodologia de trabalho utilizada no setor.

Nos siga no Google Notícias