Polícia apreende material em casa onde Marielly pode ter feito aborto
Dono do local, um profissional da área de enfermagem nega e diz que na casa funciona centro de estética
A Polícia apreendeu materiais hospitalares em uma casa onde a jovem Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos, pode ter feito aborto que a levou à morte. Na residência, localizada no centro de Sidrolândia, foram apreendidas três caixas com medicamentos, tesoura, pinça e demais instrumentos hospitalares.
O dono do local, um profissional da área de enfermagem de aproximadamente 40 anos, é de São Paulo e está desde maio na cidade. Ele nega envolvimento no caso e disse que não conhece, nem nunca viu a jovem.
O delegado responsável pelo caso, Fabiano Nagata, foi até Sidrolândia na tarde de ontem, localizou a casa e apreendeu os instrumentos para serem periciados. Segundo ele, o depoimento do dono da casa não ajuda muito, mas ele está sendo investigado.
A casa não tem nada que leve a entender que funcione como clínica ou consultório. Ainda de acordo com o delegado, não há nenhum cômodo que se assemelhe a atendimentos de saúde.
O rapaz disse que apenas trabalha com estética e segundo a Polícia, realmente a casa funciona como centro de beleza, com espelhos, cadeiras.
O delegado afirmou ainda que chegou ao local através de investigações e que há suspeitas de que Marielly possa ter feito o aborto ali, mesmo com o profissional negando.
Os vizinhos também foram ouvidos, mas não dizem nada que possa colaborar com o fato em si.
Fabiano Nagata disse ao Campo Grande News que este foi o único estabelecimento investigado, porque a Polícia acredita que a jovem possa ter feito o aborto ali.
A Polícia afirmou que está chegando cada vez mais perto do autor do aborto malsucedido, que resultou na morte da jovem, ao pai da criança e quem levou Marielly para fazer o procedimento.
O profissional de enfermagem está sendo investigado, mesmo que ainda não tenha sido identificada relação dele com os suspeitos.
O delegado ainda explicou que não tem nada que possa ligar o dono da casa a algum suspeito. O fato do cunhado Hugleice Rodrigues, 26 anos, trabalhar em uma empresa que presta serviços na região de Sidrolândia, também pode ser uma coincidência, diz o delegado.