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Capital

Namorado de Marielly diz não querer “boi de piranha” preso

Ana Paula Carvalho | 21/06/2011 17:34
O corpo de Marielly foi encontrado em um canavial, em Sidrolândia.
O corpo de Marielly foi encontrado em um canavial, em Sidrolândia.

O namorado da estudante Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos, encontrada morta no dia 11 deste mês, após ficar desaparecida por 20 dias, disse em carta enviada a imprensa que não acredita que o cunhado da estudante seja o culpado pela morte dela. “Quanto ao cunhado, eu nunca percebi nada que pudesse suspeitar dele, não acredito nessas acusações referente a ele”, relatou.

Ainda na carta, Willian Barbosa, disse que espera que a justiça encontre o culpado pelo crime. “Quero que a justiça consiga finalizar as investigações e que encontrem o culpado, mas não um boi de piranha apenas para concluir o caso”, afirmou.

Por telefone, Willian, disse ao Campo Grande News que não sabia que Marielly estava grávida, ou que ela tivesse qualquer relacionamento com outra pessoa. Segundo ele, os amigos e a família da jovem também só ficaram sabendo da gravidez após acharem o exame de sangue feito por ela no dia 28 de fevereiro deste ano que comprovava a gestação.

Willian e Marielly se conheceram no dia 19 de março. Os dois começaram a namorar duas semanas antes do desaparecimento da jovem.

O caso- Marielly saiu de casa, no Jardim Petrópolis, no dia 21 de maio e não foi mais vista. No dia 11 de junho um corpo foi encontrado em um canavial próximo a Fazenda Passa Tempo, em Sidrolândia. No dia 15, a polícia confirmou que o corpo era da jovem. No mesmo dia da identificação, a família dela viajou para Alto taquari no Mato Grosso.

Marielly foi sepultada naquela cidade na sexta-feira (17). Nesta terça-feira a perícia apresentou o resultado do laudo da morte. Um aborto não foi descartado.

Íntegra da carta- Toda essa situação é difícil pra mim e para toda minha família, por motivo de segurança e para preservar minha imagem, prefiro não gravar entrevista;

Não sei dizer nada sobre a coletiva de hoje, pelos motivos a cima não compareci no local e nem falei com o delegado sobre esta coletiva, estou aguardando a família voltar para que juntos possamos ter conhecimentos destes laudos.

Quanto ao cunhado, eu nunca percebi nada que pudesse suspeitar dele, não acredito nessas acusações referente a ele, na minha convivência com ela eu o vi poucas vezes no apartamento dela, geralmente o encontrava em jantares ou almoços de domingo e quando íamos à igreja.

Do mesmo jeito que me julgaram logo no inicio do desaparecimento, não quero julgá-lo, é muito difícil perder uma pessoa e ainda ser acusado.

Quero que a justiça consiga finalizar as investigações e que encontrem o culpado, mas não um boi de piranha apenas para concluir o caso!

William Barbosa

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