Polícia terá apoio técnico do Crea e bombeiros para investigar fogo no Atacadão
Delegado vai começar depoimentos ouvindo funcionários que tentaram conter chamas, sem êxito, além de analisar imagens de câmeras
A Polícia Civil vai usar auxílio técnico do Crea (Conselho Regional de Engenharia) e do Corpo de Bombeiros), além da perícia da própria corporação, para municiar o inquérito sobre o incêndio que consumiu a loja do Atacadão na Avenida Duque de Caxias. Responsável pelo trabalho policial, o delegado Bruno Urban, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, está no local, junto com peritos responsáveis pelos levantamentos.
Por ora, não é possível ainda fazer a perícia porque não há segurança. Os bombeiros seguem no lugar, há mais de 40 horas, mas o acúmulo de material combustível e o calor estão dificultando o trabalho do Corpo de Bombeiros.
As principais questões - Conforme a autoridade policial, o inquérito vai responder as perguntas que “todo mundo” se faz desde o incêndio de grandes proporções, visto de longe.
“Se foi acidental, se houve alguma falha, como foi o alastramento, se foi criminoso...”, diz o delegado sobre algumas das dúvidas a cerca do sinistro.
Segundo ele, entre os depoimentos, já estão identificados dois funcionários que tentaram combater o fogo, um deles o que aparece em vídeo gravado por clientes tentando usar água, sem êxito, contra as chamas em uma prateleira de produtos de limpeza, entre eles álcool, altamente inflamável.
Além das imagens que circularam na internet, vão ser solicitados vídeos de câmeras de segurança para analisar a conduta dos funcionários.
Bruno Urban explicou que o auxílio técnico dos outros órgão vai ser necessário para agregar o máximo de informação técnica possível. Inicialmente, explicou, a tipificação em investigação é incêndio.
“Pode evoluir para um dano qualificado, por exemplo”, citou o delegado.
Combate – Como foi dito acima, a Polícia Civil só vai ter acesso ao prédio quando o foto for extinto. Segundo o tenente-coronel Fernando Carminatti, relações públicas da Corporação, os militares estão fazendo o resfriamento do local, mas os focos de incêndio ainda aparecem devido ao acúmulo de material combustível e o calor.
"Está muito perigoso do pessoal entrar e tem risco de desabamento. Por isso, o combate está sendo feito à distância e demorado", explicou.
Também está sendo feito o serviço de retirada de material combustível com uma máquina retroescavadeira, sem previsão de término dos trabalhos.
Os bombeiros estão usando, desde domingo, o caminhão equipado com escada elevável até 60 metros.