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Capital

Prefeita diz que é cedo para falar em alta na tarifa e vê alternativas

Reunião para debater o assunto estava marcada para esta sexta-feira e foi adiada para a próxima segunda

Karine Alencar | 24/06/2022 16:17
Prefeita Adriane Lopes em conversa com a imprensa durante seminário no TRE (Foto: Henrique Kawaminami)
Prefeita Adriane Lopes em conversa com a imprensa durante seminário no TRE (Foto: Henrique Kawaminami)

A chefe do Executivo Municipal Adriane Lopes (Patriota) disse, na tarde desta sexta-feira (24), que ainda é muito cedo para falar sobre alta na tarifa do transporte coletivo, tendo em vista que medidas então sendo estudadas para evitar o aumento. A afirmação foi feita durante seminário no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

"Na segunda-feira teremos mais algumas discussões a serem feitas no período da manhã, e no período da tarde deve acontecer a reunião onde a gente tomará as decisões cabíveis neste momento. Ainda é muito cedo para falar em alta, estamos numa construção positiva buscando parcerias para diminuir essa crise que nessa semana se instalou", avaliou.

A reunião entre a Prefeitura de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus, para debater o reequilíbrio do contrato que pode aumentar a tarifa para R$ 6,16, marcada para esta sexta-feira foi adiada para a próxima segunda-feira (27).

O valor foi calculado pela Agereg (Agência Municipal de Regulação) e apresentado em planilha na reunião da última terça-feira (21). Contudo, para chegar ao quantitativo, existem outros fatores a serem avaliados, como o subsídio municipal.

Atualmente, a prefeitura isenta o consórcio de pagamento do ISS, correspondendo a cerca de R$ 2 milhões e ainda repassa valores descontados aos usuários – deficientes e alunos da rede municipal – que fazem uso gratuito do serviço, que chega a R$ 1 milhão por mês.

No entanto, conforme já noticiado pelo Campo Grande News, as empresas defendem que as gratuidades correspondem a menos de 20% do total, e que nos meses de janeiro e fevereiro, os estudantes não tiveram aulas, portanto, o repasse foi de cerca de R$ 300 mil, e o máximo recebido foi de R$ 800 mil, o que segundo a Agência, não cobre os custos altos.

O próximo encontro para resolver o imbróglio, deve contar com o representante do Governo do Estado. Isso porque, entre as gratuidades do transporte público, 46,8% se refere aos estudantes das escolas estaduais. Além disso, o assunto se estende em relação à alíquota do ICMS sobre o óleo diesel, imposto cobrado de forma estadual.

A greve - A decisão da paralisação de terça-feira foi tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo em protesto contra falta de pagamento dos funcionário do Consórcio Guaicurus.

A ação foi feita sem aviso prévio, resultou em um efeito cascata de transtornos. Milhares de trabalhadores amargaram espera nos pontos de ônibus espalhados pela Capital e chegaram atrasados nos empregos. Diante da falta de transporte público o preço dos aplicativos também foi parar nas alturas.

Fim da paralisação - Após reunião realizada na noite de terça-feira (21), entre o STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Consórcio Guaicurus e a Justiça do Trabalho, os ônibus voltaram a circular na quarta-feira (22).

Como condição pelo fim do protesto, ficou decidido que os 40% do adiantamento salarial dos funcionários do Consórcio, que deveria ter sido pago no dia (20), será efetuado na terça-feira (28). Os funcionários que participaram da paralisação terão o dia abonado.

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