Prefeito diz que pode intermediar compra de área invadida, mas por “preço justo”
Ao saber de protestos de moradores de invasão no Jardim Centro Oeste –bairro do sul de Campo Grande–, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) voltou a dizer que a prefeitura está disposta a intermediar a compra da área para lotear e abrigar as famílias. O chefe do Executivo estadual informou, contudo, que só o fará se puder pagar “preço justo”.
Na manhã desta terça-feira (21), um grupo de moradores foi para a frente da Governadoria, representantes conversaram com o secretário de Estado de Governo, Eduardo Riedel, e depois partiu para a frente da Assembleia Legislativa.
Os manifestantes querem que a administração estadual apoie a prefeitura na compra da área, que fica ao lado de conjunto habitacional construído pela Homex, empresa mexicana que abandonou o empreendimento. No último dia 10 de agosto, as famílias receberam notificação de desocupação da área, depois que a Justiça concedeu nova liminar de reintegração à massa falida da empresa.
Em março deste ano, o juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 3ª Vara Cível, questionou o município sobre a possibilidade de compra da área – que chegou a ser listada pra leilão, com avaliação de R$ 33,1 milhões. Houve uma contraproposta de R$ 7 milhões feita pela prefeitura, que foi recusada pela empresa.
“Se não tiver preço justo, não vai se efetivar”, afirmou Marquinhos sobre a negociação com a empreiteira. O prefeito completou dizendo que não vai ceder à pressão dos invasores. “Se a gente for ceder a pressão, a gente tem de ocupar outra função”.