Prefeitura confirma corte de plantões e decreto deve ser publicado na segunda
Com a justificativa de não compremeter a folha de pagamento neste ano, a Prefeitura de Campo Grande decidiu readequar o atendimento prestado no setor de saúde e confirmou na tarde de hoje reduções nos plantões. Estão previstos cortes e adequação de extras dos médicos e demais servidores da área. A decisão foi tomada após reunião com vereadores e Conselho Municipal de Saúde, na tarde desta sexta-feira (27), na sede do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande).
Em alguns casos, a redução de plantonistas é drástica. No lugar de 3 médicos, por exemplo, postos ficarão com 1.
Conforme o titular da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle), André Scaff, os ajustes são necessários para manter o equilíbrio dos gastos com pessoal no limite prudencial de 51%, conforme estabelece a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). No ano passado, o indicador era de 48,68%, considerando a receita líquida do município. “Se não tiver ajuste não tem como se falar em reajuste neste ano, pois tudo depende da receita que está em queda”.
Segundo o secretário da Semad (Secretaria Municipal de Administração), Wilson do Prado, os ajustes ocorrem para assegurar saúde financeira no segundo semestre e “não gerar comprometimento da folha e atraso no pagamento dos servidores”. Ele complementa que se a receita continuar em queda e nada for realizado coloca-se em risco a possibilidade de novas contratações e reajustes, porém mesmo diante do cenário negativo não descarta a realização de concurso para preencher vagas nas áreas de saúde e educação neste ano.
O vereador Paulo Siufi (PMDB), presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, avisa que o decreto sobre as mudanças, que inclui igualar os salários pagos aos funcionários dos CRSs (Centro Regionais de Saúde) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), vai ser publicado já na segunda-feira (30) no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).
“A readequação nos salários envolvem médicos, dentistas, psicólogos, enfermeiros e auxiliares. Somente não haverá readequação nos salários dos administrativos, que recebem menos e não causam tanto impacto na folha de pagamento. Precisamos enxugar os excessos, por exemplo, antes tinha três médicos para atender 24 pacientes na madrugada, um só já daria conta do plantão”, garante o parlamentar.
De acordo com o vereador, os funcionários que antes faziam 28 plantões, agora passarão a fazer 18. “Não vai haver prejuízos para a população porque os indicativos nos mostram que é possível readequar o atendimento sem termos prejuízos. Iremos dar uma enxugada no atendimento da unidade móvel, porque antes os servidores que atuavam neste setor recebiam sem ir aos postos de saúde, porque não havia necessidade. Eles irão continuar indo, mas haverá uma readequação do serviço”, comentou.
Paulo Siufi afirmou ainda que somente a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) pretende economizar R$ 5 milhões com a folha de pagamentos readequando os cargos comissionados. “Para isso haverá exonerações”, finalizou.