Prefeitura entrega 20 ônibus e obras em terminais começam em novembro
Júlio de Castilhos, Bandeirantes e Hércules Maymone serão os primeiros a serem reformados; 20 dos 55 veículos foram entregues hoje
Em ato na Cidade do Natal, no qual foi oficializada a entrega de 20 dos 55 novos ônibus que vão integrar a frota do transporte coletivo urbano de Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) também confirmou o início das obras de reforma dos terminais de transbordo da cidade. Os serviços terão início em novembro, pelos terminais Júlio de Castilho (Jardim Panamá, oeste da cidade) e Bandeirantes (Vila Nova Bandeirantes, sul) e do Ponto de Integração Hércules Maymone, na Rua Joaquim Murtinho (centro).
As estruturas integram o montante de R$ 5,5 milhões para reforma dos sete terminais da cidade –o Júlio de Castilho e o Bandeirantes integram lote de licitação estimado em até R$ 2,3 milhões, estando incluído também o terminal Guaicurus (Universitário, sul da Capital). Os recursos, segundo Marquinhos, virão da arrecadação com multas.
“Nesse período em que começamos a arrecadar as multas e as destinar para o fundo de reforma dos terminais, arrecadamos R$ 2,5 milhões”, destacou o prefeito na tarde desta terça-feira (22), ao confirmar o início das reformas em novembro deste ano.
Novos ônibus – O Consórcio Guaicurus, que opera o serviço de transporte coletivo, confirmou a entrega de 20 dos 55 veículos que passarão a integrar sua frota. A totalidade de carros chegará até novembro, perfazendo, em 2 anos e 8 meses, a substituição de 176 ônibus.
Destes veículos, porém, nenhum contará com internet em wi-fi ou tem equipamentos como ar-condicionado ou climatizadores. Além disso, 15 dos novos ônibus a serem entregues serão microonibus, opção que, segundo o presidente do consórcio, João Rezende, leva em consideração as características das ruas da Capital em regiões mais periféricas diante do aumento no volume de tráfego.
“Os microonibus são escalados de acordo com a demanda da linha”, disse Rezende, para quem os veículos são como um “mal necessário”. “Algumas Ruas, como a Bom Pastor (no Vilas Boas), são praticamente impossíveis de circular com veículos de grande porte”, afirmou.
Já em relação à ausência de veículos climatizados, tanto Rezende como Marquinhos reiteraram que não há uma obrigação contratual para que os veículos sejam incorporados na frota. “Então, nessa compra, pedimos (à prefeitura) que abrisse mão. A compra dos 55 ônibus representa um investimento de R$ 16,5 milhões. Com ar-condicionado, seriam mais R$ 3,5 milhões. Isso inviabilizaria a compra”, destacou o empresário, segundo quem um veículo comum tem custo de R$ 300 mil, enquanto o climatizado sai por R$ 360 mil.
“O ônibus com ar-condicionado custa R$ 60 mil a mais, consumo de 18% a 20% a mais de combustível, tem uma manutenção mais cara e, diga-se de passagem, não resolve o problema estruturante do transporte coletivo, que fica submetido às mesmas condições de tráfego”, pontuou. Rezende ainda voltou a citar a concorrência com aplicativos de transporte, que retiraram passageiros do transporte público –que ainda convive com aumento de custos.
Dinâmica – Em seu discurso, Marquinhos Trad destacou que haveria dois meios de olhar a entrega: pelo fato de que os veículos não têm ar-condicionado ou pelo de que, desde o início de seu mandato, foi renovado um terço da frota de ônibus. “Conseguimos trazer 176 novos ônibus”, afirmou, reiterando ainda que, no mesmo período, a tarifa sofreu reajuste de R$ 0,25 (um aumento de 6%), saindo de R$ 3,75 para R$ 3,95.
O prefeito lembrou que as empresas do setor não teriam obrigação, por conta do contrato de concessão assinado antes de sua gestão, de integrar veículos climatizados para o serviço, como ele prometia ocorrer. “Eu prometi e estou cumprindo, sim. Estamos com 34 ônibus com ar-condicionado e climatizador. Vamos chegar lá. Eu tenho conversado com a concessionária e eles, por maior que seja a dificuldade que passam, e que compreendemos também, vem atendendo”.
O prefeito ainda considerou que a majoração da tarifa –que em breve começará a ser avaliada pela Agereg (Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados)– inclui fatores que vão desde a reposição inflacionária, custo de insumos e reajuste de funcionários à questões técnicas, como o aumento da velocidade do serviço no perímetro.
Quanto a este item, ele citou que já houve a licitação do corredor de ônibus da Rua Bahia, sendo que a Avenida Calógeras será a próxima a ser contratada . “Isso vai dar agilidade para os ônibus, com que andam em média de 15 a 20 km/h”, destacou.