Preso em "tribunal do crime" disse que casal seria apenas interrogado
Homem confessou que receberia dinheiro e drogas como pagamento pelo transporte das vítimas
Thiago Afonso Duarte, de 22 anos, preso durante "tribunal do crime" na noite desta quinta-feira (26), no Bairro Jardim Vida Nova, em Campo Grande, confessou que foi contratado para transportar o casal que foi resgatado pela polícia e receberia dinheiro e drogas pelo serviço.
Durante interrogatório à polícia, Thiago contou que na tarde de quarta-feira (24), por volta das 15h, recebeu ligação de um número desconhecido, onde um homem, que ele não revelou o nome, dizia estar preso e ofereceu R$ 2 mil e mais uma quantia de drogas, para que Thiago buscasse duas pessoas no Jardim Noroeste e levasse para o Jardim Vida Nova.
Após aceitar o trabalho, Thiago disse que dois homens desconhecidos o pegaram perto do Shopping Bosque dos Ipês, na tarde de quinta-feira (25) e no caminho para o Jardim Noroeste, ficou sabendo que o casal que buscaria havia sequestrado uma conhecida, de apelido "Di Menor", e depois, outras pessoas teriam amarrado e ateado fogo na jovem.
Thiago contou que o casal estava desamarrado e entrou no carro sem reclamar de nada, chegando no Jardim Vida Nova, na casa de um homem conhecido como "Orelha", todos fizeram uso de maconha e cocaína juntos, inclusive, o casal. Thiago contou que ouviu dos colegas que o casal não seria morto, que eles apenas queriam saber a verdade sobre quem matou "Di Menor".
De acordo com o depoimento de Thiago, eles usaram drogas por cerca de 30 minutos, até que a polícia invadiu a casa e aconteceu o confronto. O outro preso, Evandro Ribeiro de Barros, de 26 anos, disse que não sabia de nada e só estava na casa de "Orelha" para tomar banho, já que a água em sua residência foi cortada.
O terceiro preso, Anderson Henrique Pereira, de 24 anos, contou que foi ao local apenas para fumar maconha com "Orelha" e que todos, inclusive, o casal que seria vítima do "tribunal do crime" estavam usando drogas na residência. Os três disseram não conhecer Claudinei de Oliveira, de 33 anos, que morreu depois de confronto com a polícia. Eles passam por audiência de custódia nesta sexta-feira (26) e a polícia segue investigando o caso.