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Capital

''Procurei meu filho por 7 meses'', diz mãe de jovem assassinado por Nando

Alex da Silva Santos, 18 anos, foi estrangulado até a morte em 2016

Kerolyn Araújo e Mirian Machado | 05/06/2019 11:12
Rosicléia é mãe de uma das vítimas do serial killer. (Foto: Marina Pacheco)
Rosicléia é mãe de uma das vítimas do serial killer. (Foto: Marina Pacheco)

Foram sete meses de procura até Rosicléia Machado da Silva, 43 anos, descobrir que o filho havia sido assassinado e enterrado clandestinamente no Jardim Veraneio, em Campo Grande. Alex da Silva Santos, 18 anos, foi estrangulado até a morte por Luiz Alves Martins Filho, o Nando, em 2016. Para cometer o crime, ele teria tido a ajuda de Wagner Vieira Garcia e Ariane de Souza Gonçalves, que na época era namorada da vítima.

Ao Campo Grande News, a dona de casa disse contou que o filho morava com Ariane no bairro Danúbio Azul e que tinha visto Nando apenas uma vez. ''Ele levou meu filho na minha casa uma vez para pegar um casaco. Ele chegou a entrar e Alex comentou que ele era um pobre coitado", contou.

Dois dias depois que foi visto com Nando, a dona de casa ficou sabendo do desaparecimento do filho por meio de uma ligação de Ariane. Ela teria dito que um carro com vários homens teria ido até a casa onde vivia com Alex e levado a vítima. ''Fui na polícia e procurei meu filho durante sete meses, até que os outros sumiços começaram a surgir'', explicou.

A mãe da vítima só ficou sabendo do possível envolvimento de Ariane no crime durante o julgamento desta quarta-feira (5). Ela acredita que a ex-nora tenha armado o assassinato e atraído o filho ao local da execução. ''Ela era ciumenta, meu filho já tinha reclamado", disse.

Segundo a mãe de Alex, o rapaz era usava drogas, mas não era viciado. Ele trabalhava como servente de pedreiro e seria um bom filho. ''Não tinha passagens pela polícia, nunca roubou nada. Era um filho ótimo", lembrou.

A ex-namorada de Alex estava grávida na época do crime. O bebê nasceu um mês depois que o jovem foi morto. ''Ele nem conheceu o filho'', lamentou.

Wagner, que também seria julgado hoje, recorreu a sentença da pronúncia do juiz e júri foi adiado. Ariane, que teria envolvimento na morte, foi impronunciada por ausência de indícios suficientes da participação dela no crime.

O caso - Nando é autor de uma série de assassinatos no bairro Danúbio Azul. As vítimas eram, em maioria, jovens mulheres envolvidas com consumo de drogas e inseridas em contexto de vulnerabilidade social.

Ele é acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas, entre os anos de 2012 e 2016, e ficou conhecido como um dos maiores serial killers do Estado, pela quantidade e a forma cruel como executava os crimes.

Nando já passou por oito julgamentos e a pena já chega a 88 anos de prisão.

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