Professor de escola onde aluna apanhou respondeu a processo há 2 anos
Citado por assediar alunas, docente foi alvo de procedimento administrativo disciplinar “que não foi pra frente”
Entre as diversas reclamações - dos alunos - que ecoam nos corredores da Escola Estadual Rui Barbosa, está entre as mais citadas a de um dos professores do corpo docente, acusado por alunas de “assediá-las”. Questionada, a SED (Secretaria Estadual de Educação) afirma que ele foi alvo de procedimento administrativo disciplinar por essas denúncias, na Secretaria, em 2017.
A Secretaria diz, ainda assim, que a investigação “não foi pra frente”. Isso porque, alega, houve “falta de provas e desde então não foram apresentadas novas denúncias”.
Na manhã desta segunda-feira (1) aproximadamente 50 estudantes protestaram contra a falta de segurança da escola. No final da tarde de quinta-feira (31), aluna do 7º ano, de 14 anos, foi espancada pela mãe de uma estudante do 6º ano. A mulher invadiu a escola e a adolescente agredida chegou a desmaiar e precisou de atendimento médico.
Vestidos de preto e calça rasgada, questionaram porque a norma rígida do uniforme “é mais importante que a segurança”. Entre as reclamações citaram a falta de ação com a denúncias do comportamento inapropriado do professor da escola, que dizem “assediar a alunas” com pedidos de “sair com ele” e “contarem onde moram”.
Justiça – Segundo caso este ano em que escola é cenário de agressão de uma mãe contra criança e adolescente, a violência de ontem (31) já foi parar na delegacia. A família da adolescente de 14 anos, estudante da Escola Estadual Rui Barbosa, já buscou a polícia e pretende processar a agressora. É o que explicou a mãe da vítima, uma vendedora de 38 anos.
A família registrou boletim na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da região central, e na manhã desta sexta-feira (1), a mãe acompanhou a adolescente na DEPCA (Delegacia Especializada na Proteção à Criança e ao Adolescente), onde passou por exame de corpo de delito.
Por meio de nota, a SED explicou ter prestado todo o atendimento à adolescente. “A Secretaria de Estado de Educação Informa que todos os procedimentos foram tomados, desde a chamada dos pais da jovem agredida, da Polícia Militar e também do Corpo de Bombeiros, este último para o atendimento médico ainda na escola”, diz a nota.
A Secretaria ainda informa “acompanhar o caso por intermédio da Coges (Coordenadoria de Gestão Escolar) e Coped (Psicologia Educacional)”.