Professores protestam na Prefeitura e ameaçam greve por reajuste
Cerca de 200 professores estão neste momento em frente à Prefeitura de Campo Grande querendo ser atendidos pelo prefeito Gilmar Olarte (PP), na pauta está o reajuste salarial reivindicado pela classe. Eles ameaçam entrar em greve caso os salários não tenham o aumento estabelecido por lei.
“A categoria decidiu em assembleia que viríamos para cá. Se o prefeito não resolver a situação, decidimos que vamos paralisar as atividades a partir do dia 3 de novembro”, revelou o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves.
De acordo com o sindicalista, da assembleia na sede do sindicato participaram mais de 500 professores, dos quais pouco mais de 200 caminharam da ACP até o Paço Municipal, onde estão à espera do prefeito.
De acordo com assessoria da Prefeitura, Olarte não está no local, e os professores serão atendidos por um dos secretários municipais. Uma comissão de 10 professores aguarda ser recebida no gabinete do prefeito. Eles afirmam que não aceitarão o reajuste escalonado, como antecipou o Chefe do Executivo Municipal.
De acordo com a ACP, a remuneração inicial da categoria vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.
Pelas contas do sindicato, o reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.
O assessor jurídico da ACP, Ronaldo Franco, explica que o reajuste está determinado em lei, e o não cumprimento implicaria em crime de responsabilidade fiscal e improbidade administrativa, o que poderia resulta em uma nova cassação de mandato, neste caso de Olarte.
“Duas atitudes podem ser tomadas, como entrar com um mandado de segurança preventivo para que haja o pagamento, ou uma representação coletiva junto ao Ministério Público intimando o prefeito a fazer o pagamento integral do reajuste”, aponta o advogado.