Projeto de quase uma década, obra no Anhanduí não tem data para acabar
Primeira etapa da revitalização de trecho da Avenida Ernesto Geisel deveria ser entregue em novembro de 2019
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Atrasos frequentes nos repasses do governo Federal, somados a chegada da temporada de chuvas, deixam sem prazo a conclusão das obras de revitalização do trecho do Rio Anhanduí, localizado na Avenida Ernesto Geisel, na região do Jardim Joquei Club, em Campo Grande. O projeto milionário é de 2011, começou a ser executado sete anos depois e deveria ter a primeira etapa entregue em novembro de 2019, o que não aconteceu.
De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fioresi, os atrasos nos repasses, que chegaram a ser de 90 dias, adiaram a entrega da primeira etapa para os próximos meses. “Nesta fase está faltando pouca coisa”, afirmou.
O trecho entre ruas Santa Adélia e Abolição é executado pela empresa Gimma Engenharia LTDA, desde maio de 2018. O valor inicial do contrato era de R$ R$13,1 milhão, mas, com aditivo, foi para R$ 13,9 milhões. Nesta fase, ainda falta a implantação de piso tátil, calçada e parte do muro de arrimo.
O valor total do empreendimento, dividido em três fases, começou em R$ 48 milhões e já esta R$ 52 milhões.
Conforme o secretário, a falta de perspectiva é para entrega da segunda fase da obra. Em agenda pública realizada nesta semana, para definir as metas da prefeitura para o ano de 2020. “O lote dois depende muito da vinda de recurso do governo federal. É um obra conveniada com o governo federal. A participação do município na contrapartida é em torno de 10%. Se não vier recurso do governo federal, não tem realmente como dar celeridade a obra”, explicou Fioresi.
A empresa Dreno Construções está responsável pelos lotes 2, entre as ruas Abolição e Bom Sucesso, orçado inicialmente em R$ 13,4 milhões, 3, entre a Rua Bom Sucesso até a Rua Aquário, licitada por R$ 21,9 milhões.
Redefinição de cronograma – Em setembro deste ano, a prefeitura tentou redefinir o cronograma de obras a partir dos atrasos dos repasses. Entre janeiro de 2019 e nesta ocasião, foram feitos três repasses do governo federal em março, junho e setembro, totalizando R$ 7,9 milhões.
O problema é que por conta desta questão financeira, foram perdidos praticamente 90 dias de estiagem, período em que a obra poderia ter sido tocada num ritmo acelerado.