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Capital

Promotor faz primeira denúncia de operação contra Jamil Name

Empresário, preso desde o dia 27, foi enquadrado em dois artigos do Estatuto do Desarmamento

Marta Ferreira | 08/10/2019 19:36
Equipe do Garras no condomínio onde mora Jamil Name, no dia da Operação Omertà. (Foto: Henrique Kawaminami)
Equipe do Garras no condomínio onde mora Jamil Name, no dia da Operação Omertà. (Foto: Henrique Kawaminami)

Às 17h08 desta terça-feira (8), foi protocolada na 2ª Vara Criminal de Campo Grande a primeira denúncia derivada da Operação Omertà contra o empresário Jamil Name, 80 anos, preso desde o dia 17, sob acusação de comandar organização criminosa responsável por pelo menos oito execuções em Campo Grande nos últimos 10 anos.

Name foi enquadrado pelo promotor Pedro Arthur de Figueiredo, responsável pela peça processual, em dois artigos do Estatuto do Desarmamento, de 2012, prevendo punição para posse irregular de armamento.

Junto com o empresário, foram denunciados dois funcionários dele, Adelino Louveira, 55 anos, e José Antônio de Araújo, de 66 anos, ambos em apenas um artigo da lei. Para eles, haverá possibilidade de converter a pena em prestação de serviços, por exemplo, possibilidade que não existe para o empresário, em razão de a punição prevista ser mais alta, acima dos 3 anos.

Segundo o inquérito concluído pelo delegado João Paulo Sartori, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro), que baseia a denúncia crimninal, durante as buscas da Omertà, equipe da operação encontrou carregador de pistola Glock municiado com 17 cartuchos na cômoda de Name.

No haras do empresário, Name foi encontrada espingarda calibre 12. Essa arma, conforme depoimento do empresário, “pode ter sido cedida” ao funcionário Adelino. Com o outro trabalhador, havia um revólver calibre 38.

Os dois funcionários pagaram fiança e foram liberados, no dia 30 de setembro, mas Jamil permaneceu preso por força do mandado expedido na Operação Omertà.

Ao todo, são 23 envolvidos, apontados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) como integrantes da organização criminosa. A denúncia principal ainda não foi apresentada, mas isso deve ocorrer nos próximos dias, pois há prazo legal para a acusação se manifestar em relação a réus presos.

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