Quadrilha especializada em extorsão por telefone é transferida para MS
Grupo também participou de ataques no RJ em 2010
Doze integrantes de quadrilha especializada em extorsões por telefone, o golpe do falso sequestro, foram transferidos ontem do Rio de Janeiro para a Penitenciária Federal de Campo Grande.
Segundo o Ministério da Justiça, os presos também participaram dos ataques no Rio de Janeiro no final de 2010, com organização de confrontos com a Polícia - ações comandadas de dentro dos presídios.
Já estão em Mato Grosso do Sul os detentos Anderson de Souza Ribeiro, Carlos Alberto Lobo, Darley Vasques da Silva, Deives Dias Monteiro, Edson Gustavo de Souza, Fábio dos Santos Lima, Flávio Cesar Cassemiro, Lazaro Gomes de Medeiros, Luciano de Freitas, Luiz Carlos de Vargas Faneli, Márcio Cea de Paiva, Robson de Oliveira Júnior.
O grupo estava preso desde 2007 e chegou às 11 horas de quarta-feira á Capital, escoltado por nove agentes penitenciários federais e cinco integrantes da Força Nacional, em avião da PF, mas a transferência foi feita sob sigilo para evitar tentativas de resgate.
“Eles precisavam de uma resposta dura por causar pânico à sociedade. É a primeira vez que os integrantes desta facção criminosa são transferidos”, afirmou o juiz-corregedor das prisões do Rio, Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, atendendo requerimento da Secretaria de Segurança Pública.
A facção atua dentro dos presídios e é conhecida como ‘Povo de Israel’, apesar de não ter cunho religioso.
O modo de ação já é conhecido em todos os estados brasileiros, inclusive, com vítimas em Mato Grosso do Sul. A quadrilha liga para as vítimas, simula estar com algum parente e exigem dinheiro para liberá-lo.
Segundo a Justiça, eles são excluídos de facções criminosas como o Comando Vermelho, ADA (Amigos dos Amigos) e TCP (Terceiro Comando Puro).
Geralmente são presidiários ameaçados e por isso excluídos de grupos formados por traficantes, dentro dos presídios. Alguns foram condenados por estupro, e outros por crimes "pequenos", como assalto e acabaram se organizando para cometer os crimes mesmo preso.