Quatro funcionários de oficina são investigados por expor aviões ao risco
A Operação Ícaro, deflagrada na semana passada pela Deco (Delegacia Especializada em Combate ao Crime Organizado) teve mais um desdobramento. Agora quatro pessoas que trabalhavam na oficina TK Aviação, onde foi feita busca e apreensão pelos policiais civis, estão sendo investigadas.
Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelo caso, estas pessoas prestaram serviços de manutenção na aeronaves sem que estivessem homologado pela Anac ((Agência Nacional de Aviação Civil), o que ofereceu risco aos voos. “Isso incide na prática de delito do artigo 261 do decreto de lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940”, explicou.
O artigo do código penal diz: “Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar ato de tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea. Pena – reclusão de dois a cinco anos”.
A delegada informou ainda que sua equipe está trabalhando com dados do material recolhido no dia da apreensão, ou seja, 29 do mês passado, para que possa formular todos os questionamentos necessários aos investigados.
Durante as investigações, a proprietária da mecânica aeronáutica, investigada pela polícia, afirmou que o local ainda está fechado. Anali de Souza, 33 anos, alegou que realizam somente a manutenção de aviões de amigos, antes da inauguração.
Operação - O objetivo da operação também é coibir os acidentes envolvendo aviões em Mato Grosso do Sul, como o que ocorreu com a aeronave onde estava a família dos apresentados Angélica e Luciano Huck, três filhos do casal e uma babá, no dia 24 de maio deste ano, na fazenda Palmeira, próximo à rodovia MS-080.