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Capital

Polícia apura denúncia de que peças de aviões foram furtadas por dois anos

Filipe Prado e Luana Rodrigues | 29/10/2015 11:28
O avião foi apreendido pela Deco (Foto: Marcos Ermínio)
O avião foi apreendido pela Deco (Foto: Marcos Ermínio)

A Polícia Civil, através da Deco (Delegacia Especializada em Combate ao Crime Organizado), apura, durante a Operação Ícaro, o furto de peças de uma mecânica aeronáutica ocorrido por dois anos. O caso foi registrado somente em maio deste ano, quando começaram as investigações.

Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, titular da Deco, a operação desencadeou após a denúncia do proprietário da mecânica. Após queixa e registros dos furtos em maio, a polícia localizou as oficinas onde poderia haver peças sem procedência e elas foram vistoriadas na manhã de hoje(29).

Ainda segundo a delegada, um caminhão de peças irregulares foi apreendido na oficina do Bairro Dom Pedrito, nesta manhã. Notas fiscais de compra e venda, além de cadernetas com anotações de voos e manutenção também foram levados pelos policiais.

A polícia apreendeu o avião na oficina Tacape, no aeroporto Santa Maria (Foto: Marcos Ermínio)
A polícia apreendeu o avião na oficina Tacape, no aeroporto Santa Maria (Foto: Marcos Ermínio)

Na oficina Tacape, no aeroporto Santa Maria, a Deco apreendeu um avião monomotor CESNA 180, por conta de duas peças irregulares, sendo hélice e cubo da hélice, que teriam sido furtadas da oficina em que o proprietário registrou boletim de ocorrência. Proprietários e sócios das oficinas onde foram encontradas as peças e o avião também serão ouvidos.

O dono da aeronave apreendida contou que a comprou há dois meses e nega relação com os furtos.

A delegada afirmou que os suspeitos do crime são diretamente ligados à oficina, mas as suas identificações não foram reveladas, para não prejudicar a investigação.

Acidentes - Ainda de acordo com a polícia, as investigações de furto e receptação desencadeadas na operação também podem ajudar a apurar as causas de acidentes aéreos que ocorreram em Mato Grosso do Sul. “Trazendo a tona essas peças sem procedência, nos estamos pensando na segurança de voo, por conta da quantidade de acidentes que têm acontecido na região. Ainda não dá para afirmar que tem para relação, mas será investigado”, explicou.

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