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Capital

Regra tira empregos, aumenta preço de corrida e população perde, diz Uber

Prefeitura de Campo Grande determinou uma série de regras para o serviço

Mayara Bueno | 25/02/2017 11:01

O decreto que regulamenta o Uber em Campo Grande fará com que várias pessoas percam empregos, limitará o número de cadastrados e poderá aumentar o preço da corrida. Este é o posicionamento da empresa em relação à norma da prefeitura da Capital, que, na sexta-feira (24), oficializou regras para o motorista obter autorização.

Em nota, a prestadora de serviço, por meio da assessoria de comunicação em São Paulo, disse que o serviço é uma nova opção de mobilidade e geração de renda em Campo Grande. Ao impor impostos e adicionar regras, a população que perde, afirma. Com o decreto, serão 490 credenciados no Uber, mesmo número de táxi. 

“É isso que os limites artificiais propostos fazem – ao limitar o número de motoristas parceiros, os próprios cidadãos que saem perdendo. Com isso, os preços aumentam, a disponibilidade de carros diminui e os motoristas parceiros fazem menos viagens”, traz a nota.

Conhecido como o serviço semelhante ao do táxi, o Uber caiu no gosto por ser mais barato e acessível. Na Capital, a modalidade, onde a corrida é pedida por meio de um aplicativo, chegou em meados de setembro. Apesar de o prefeito Marquinhos Trad (PSD) alertar para a clandestinidade, o funcionamento é normal hoje, é possível pedir corrida neste sábado sem problemas.

Entre os pontos que se tornaram obrigatórios com o decreto está o pagamento de taxas e que os motoristas sejam donos dos carros.

Agora, o profissional que quiser prestar o serviço terá de buscar a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), onde o motorista deverá se habilitar. Depois, a agência vai saber e a pessoa é apta a dirigir o veículo e se ele tem condição de trafegabilidade, seguro, entre outros critérios. “Eu sou a favor da Uber, mas a favor da Uber com segurança”, justificou o prefeito.

Embora o motorista do serviço tenha que pagar impostos, o que se somará ao preço total, tornando a corrida mais cara, o chefe do Executivo Municipal acredita que ambas as corridas (táxi e uber) devem abaixar “por conta da concorrência”.

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