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Capital

Religiosos protestam contra pai de santo que estuprou adolescente

Grupos reforçam que atos de violência sexual, psicológica ou física não fazem parte dos rituais religiosos

Por Ana Beatriz Rodrigues | 02/10/2024 17:24
Fachada do terreiro onde o crime aconteceu (Foto: Direto das Ruas)
Fachada do terreiro onde o crime aconteceu (Foto: Direto das Ruas)

Grupos de integrantes das religiões de matriz africana de Campo Grande se manifestaram contra o pai de santo, Robson Faciroli, acusado de abusar sexualmente de adolescentes no terreiro que ele presidente, no Bairro Taquarussu, em Campo Grande.

Uma das notas de repúdio enviadas à reportagem reforça que atos de violência sexual, psicológica ou física não fazem parte dos rituais religiosos do candomblé e da umbanda. Lembra ainda que, na verdade, as religiões afro-brasileiras e ameríndias funcionam como "pontos apoio psicossocial e de fortalecimento identitário".

Ao Campo Grande News, o pai de santo Juan Raphael Martinez, membro do grupo "Respeito sua fé, respeite meu axé", afirma que os povos de terreiro vivem em comunhão, como numa família. “Reforçamos a todos a necessidade de não generalizar e equiparar os religiosos de matriz africana e os povos de terreiro com os atos criminosos recentemente expostos”, pontuou o sacerdote da umbanda, conhecido como pai Juan Sángò, da Casa de Caridade Dona Tida.

Já nas redes sociais, a Federação das Religiões de Povos de Terreiro de Mato Grosso do Sul publicou que "infelizmente, como em toda religião, existem os falsos profetas que se aproveitam da situação para satisfazer a sua lascívia e seus desejos frustrados".

"Este é um fato isolado o qual repudiamos veementemente, nos colocando à disposição a quem for de direito para esclarecimentos quanto aos dogmas das religiões de Povos de Terreiro", escreveu o presidente da entidade, Deamir Ribeiro, o bàbá Deá Odé.

Robson Faciroli, de 44 anos, foi preso suspeito de estuprar adolescentes em Campo Grande na segunda-feira (30). Uma das vítimas, de 15 anos, foi encontrada desacordada no terreiro mantidado pelo suspeito no Taquarussu.

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